Política
Urnas eletrônicas com biometria serão utilizadas por 23 milhões de eleitores
Foi registrado um aumento de mais de seis milhões de inscritos que estarão aptos a votar nas eleições de outubro deste ano
Conjuntura On-line
24 de Setembro de 2014 - 10:45
A urna eletrônica é uma tecnologia brasileira criada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral ) para dar mais agilidade, transparência e segurança às eleições. No dia 5 de outubro, mais de 140 milhões de eleitores irão às urnas, segundo estimativa do TSE. Desse total, 23.381.756 utilizarão o sistema biométrico, em que o voto só é possível com a identificação digital.
Foi registrado um aumento de mais de seis milhões de inscritos que estarão aptos a votar nas eleições de outubro deste ano. O eleitorado nacional saltou de 135.804.433 eleitores, em 2010, para 141.824.607, em 2014, um incremento de 4,43%.
A primeira votação por meio de urnas eletrônicas realizada no Brasil foi em 1996. Nas eleições municipais de 2000, a eleição foi totalmente informatizada.
No segundo turno das eleições presidenciais de 2002, o TSE anunciou o vencedor às 23 horas. Já em 2006, o resultado saiu às 21h30, e, em 2010, foi divulgado às 20h04, registrando um novo recorde mundial na apuração da votação, segundo o tribunal.
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, destacou que, mesmo nas regiões mais distantes do País, a urna eletrônica estará presente para garantir a segurança na hora do voto. "Hoje, nós temos a maior eleição informatizada do mundo. Considerando que 100% dos pontos de votação são mais de 425 mil sessões eleitorais , todos eles, a partir do ano 2000, funcionam eletronicamente", disse.
Identificação digital
Em 2008, o TSE iniciou um projeto piloto que utilizava o sistema biométrico de identificação dos eleitores. O sistema identifica as impressões digitais de cada um, o que afastaria a possibilidade de fraude durante a votação. Pela biometria, é o próprio eleitor quem libera a urna eletrônica para votar, explicou Janino.
"Não há duas digitais iguais no mundo. Esse é um dispositivo altamente preciso e confiável para a identidade do cidadão, tornando qualquer tipo de documento de identificação secundário", afirmou.
Neste ano, 16,7% dos eleitores, o que representa cerca de 23,3 milhões, vão utilizar a identificação biométrica na hora do voto. Até as eleições municipais de 2012, 7,7 milhões já tinham se cadastrado no sistema, e a meta estipulada para este ano era chegar a 22 milhões, número que foi superado em 6,28%. Segundo o TSE, o objetivo é alcançar 100% do eleitorado até 2018.
Nas seções eleitorais que utilizarem a biometria, o eleitor deverá posicionar o dedo sobre o sensor biométrico, para identificação sendo dispensada a assinatura do eleitor na folha de votação.
Na hipótese de problemas com o sistema biométrico, o mesário deverá verificar a foto constante no caderno de votação para só então autorizar o registro do voto.