Vadinho e Marcão pressionam David e ameaçam renunciar aos cargos na mesa

Empossado há menos de 90 dias na presidência da Câmara Municipal, o vereador David Olindo (SD) enfrenta sua primeira crise com parte dos 7 vereadores que garantiram sua eleição para o cargo. O vice-presidente da Câmara, Marcos Roberto, que é do Solidariedade (mesmo partido de Olindo) e o 2º-secretário, Edivaldo dos Santos, do PT, ameaçam renunciar aos seus cargos na Mesa Diretora, numa articulação que contaria com o apoio de Jurandir Cândido, presidente da Executivo Municipal do SD, outro supostamente descontente com a atuação de David. “Vamos tomar uma decisão conjunta”, assegura Vadinho.

Segundo o petista, nesta segunda-feira o grupo terá uma conversa franca com o presidente para cobrar dele o cumprimento de alguns compromissos, como o de compartilhar as decisões com os integrantes da Mesa Diretora. “Muita coisa foi decidida até agora e pelo menos, eu, não fui consultado sobre nada”, assegura o vereador que cobra melhores condições de trabalho, embora tenha sido contemplado com um veículo da Câmara para desenvolver as ações do seu mandato, foi nomeado seu assessor parlamentar, além de ter conseguido emplacar o professor Márcio Marquetti (ex-secretário de Assistência Social), como controlador da Câmara, com salário de R$ 3.705,00.

Vadinho diz estar enfrentando dificuldades para se reunir com David. “Se eu que sou da Mesa Diretora, embora o 2°-secretário não mande nada, não consegue falar com o presidente, imaginem os demais vereadores”, desabafa. Ele garante que sua insatisfação não é isolada. “Defendo que todos os 13 vereadores tenham participação nas decisões, não apenas os do nosso grupo”, explica de forma genérica o petista, sem pontuar exatamente que medidas gostaria de ver implantadas.

Por sua vez, David que se mostra tranquilo diante da possibilidade de membros da Mesa Diretora entregar cargos. Ele garante que está colocando em prática exatamente aquilo a que se propôs quando foi candidato. “Desafio qualquer vereador a dizer publicamente quais compromissos, assumidos antes de ser eleito presidente, que não estão sendo cumpridos”.