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SIDROLÂNDIA- MS

Jovem foi morto com 5 tiros e Polícia vê evidências de execução

Esta é a principal linha de investigação com a qual a Polícia está trabalhando para elucidar o crime.

Redação/ Região News

28 de Abril de 2024 - 17:21

Jovem foi morto com 5 tiros e Polícia vê evidências de execução
Anderson dos Santos do Nascimento. Foto: Redes Socias

O jovem Anderson dos Santos do Nascimento, 23 anos, morto com 5 tiros por volta das 22h40 deste sábado, enquanto bebia numa conveniência na Avenida Dorvalino dos Santos, foi vítima de execução para acerto de contas. Esta é a principal linha de investigação com a qual a Polícia está trabalhando para elucidar o crime. A suspeita leva em conta que Anderson mantinha conexões no mundo do crime.

Outra hipótese considerada é que o rapaz pode ter sido assassinado por retaliação pelo crime que cometeu por volta das 5 horas do dia 1⁰ de maio de 2021. Anderson matou com um tiro na cabeça, Leandro de Souza Nogueira, de 17 anos nas proximidades do Blues Pub, boate localizada na Rua Paraná em Sidrolândia.

Logo após cometer o crime, o acusado que estava na garupa de uma bicicleta, fugiu de moto táxi para Maracaju. Ele só foi preso mais de um ano após o homicídio, em 11 de maio de 2022, na cidade vizinha numa boca de fumo. Anderson foi apanhado pela Polícia Civil com a arma que usou para matar o adolescente. Na audiência de custódia chegou a ganhar o direito a liberdade, mesmo não tendo pago a fiança arbitrada de R$ 3 mil. O juiz acabou revendo a decisão porque o rapaz há um ano estava foragido após ter matado Leandro de Souza.

Ao ser interrogado na Delegacia de Maracaju, Anderson disse que na noite de 1⁰ de maio de 2021 foi ao Blues Pub em companhia de Stefany Fernandes, que seria namorada dele na época. Antes da abertura da boate, por volta da meia-noite, Leandro teria dado um chute em Stefany provavelmente por ciúmes, já que dias antes terminara um relacionamento com a  jovem.

Diante da agressão, conta o acusado, foi tirar satisfações com o desafeto. Leandro teria ameaçado "pegar" ele na saída. "Eu disse, beleza, irmão. É isto mesmo? Vazei. Aí fui em casa e peguei o revólver calibre 32 que eu já tinha e voltei para festa maquinado. Quando era por volta das 4h da manhã sai da festa e lá fora o Leandro estava em companhia de alguns amigos. "De longe, ele veio me afrontando. Nesta hora eu já saquei o revólver e dei um tiro nele que atingiu a têmpora dele", contou.

Outra versão 

Em 12 de maio de 2022, durante a audiência de instrução e julgamento, Anderson preferiu se manter em silêncio. As testemunhas ouvidas não ratificaram a versão do suspeito de que a motivação do crime foi passional. A própria Stefany, suposto pivô do homicídio, negou que tenha namorado Anderson ("saímos apenas uma vez"), revelou. Garantiu que sequer havia ido à boate com ele.

"Fui com uma amiga, não vi nenhum dos dois durante o tempo em que fiquei lá", garante. Por volta das 4 horas da manhã ela disse ter saído da Blues Pub e quando estava perto do estacionamento do antigo prédio do Supermercado Nutrimais ouviu os disparos, mesmo assim, seguiu pra casa.

A mãe da vítima, Inglis de Souza Nogueira, contou que estava com o filho na boate quando revolveu voltar para casa e levá-lo. Leandro mostrou-se relutante, mas acabou saindo atrás dela. Numa certa altura ouviu um disparo, olhou pra traz e constatou que o filho havia sido ferido na cabeça.

De imediato voltou e o socorreu levando para o hospital onde o jovem morreu minutos depois. Ela negou que Leandro tenha agredido Stefany com quem o filho terminara, uma semana antes do crime, um relacionamento rápido. Na época do homicídio, dona Inglis saiu da cidade porque temia retaliações do suspeito do crime e de pessoas envolvidas no tráfico de drogas com quem ele teria conexões.

Leandro era usuário de drogas, envolveu-se com o tráfico de drogas, o que lhe custou uma temporada na UNEI Dom Bosco, de onde saiu alguns dias antes de ser morto.