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SIDROLÂNDIA- MS

Justiça marca para 16 de fevereiro julgamento de rapaz que matou adolescente em 2010

O processo estava esquecido nos arquivos do Fórum de Sidrolândia até que foi resgatado em 2019 pelo juiz Cláudio Müller Pareja.

Redação/ Região News

22 de Janeiro de 2023 - 20:00

Justiça marca para 16 de fevereiro julgamento de rapaz que matou adolescente em 2010
Tiroteio entre gangues deixa rastro de morte e feridos em Sidrolândia - Foto: Arquivo RN.

O juiz da Vara Criminal de Sidrolândia, Cláudio Müller Pareja, marcou para o próximo dia 16 de fevereiro, a partir das 9 horas, o julgamento de Antônio Luini Rocha da Silva, o Baiano, que em 25 de agosto de 2010, matou Alex Meirelles Mendonça, um adolescente de 17 anos e baleou Marlon José de Souza. O crime foi um dos  desfechos trágicos da guerra que travavam  na época grupos de adolescentes reunidos nas gangues do Cascatinha e do São Bento.

O processo estava esquecido nos arquivos do Fórum de Sidrolândia até que foi resgatado em 2019 pelo juiz Cláudio Müller Pareja numa correição de rotina. O Ministério Público ofereceu denúncia dia 17 de janeiro de 2011, apenas 5 meses após o crime. A defesa pediu a exclusão da qualificadora de que o réu dificultou a defesa da vítima e a desclassificação do delito de tentativa de homicídio para lesão corporal contra Marlon José de Souza. A tentativa de homicídio, conforme as características e as circunstâncias que cercarem o crime, pode gerar pena de 12 a 30 anos. A lesão corporal é passível de pena de 3 meses a 1 ano de detenção.

Só dia 16 de setembro de 2019, quando já tinham transcorridos 8 anos da data do crime, o acusado foi pronunciado, o juiz determinou que seria julgado pelo Tribunal do Júri. A defesa recorreu ao Tribunal de Justiça que se manifestou, rejeitando o recurso, em 17 dezembro de 2020. A manobra foi barrada,   mas retardou o desfecho do  processo, atrasando um pouco mais o julgamento. Antônio Luini está em liberdade e atualmente mora em Aparecida de Goiânia.

O crime 

Conforme a Polícia apurou, na noite do crime, Alex e Marlon, as vítimas, se reuniram na Praça Central com outros amigos do Cascatinha (bairro onde o grupo morava) e decidiram ir até o Bairro São Bento (base do grupo rival) para "resgatar" a bicicleta de Eliete, namorada de Renan Cícero (assassinado um ano depois). A "delegação", inclui Alex, Willian e Zani Antônio dos Santos. Chegando na região da Praça do São Bento, Zani começou a discutir com um grupo de pessoas buscando saber onde estava a bicicleta.

Neste instante Antônio Luini, o “Baiano", que morava no São Bento, se aproximou do grupo residente no Cascatinha e exigiu a saída deles do bairro. Em determinado momento fez vários disparos que acabaram acertando Alex e Marlon.