SIDROLÂNDIA- MS
Saúde vai abrir Clínica da Mulher e planeja parceria para reabrir maternidade do hospital
A ideia é oferecer um serviço especializado para a mulher sidrolandense, em especial as gestantes com gravidez de risco que receberão um atendimento na própria cidade.
Redação/ Região News
17 de Janeiro de 2025 - 12:17

A Prefeitura de Sidrolândia vai reabrir nesta sexta-feira um espaço de atendimento feminino na Rua São Paulo no mesmo prédio que abrigava até o ano passado a Clínica da Família, rebatizada de Clínica da Mulher. A secretária Municipal de Saúde, Vanessa Prado, garante que não se trata apenas de uma mudança de denominação para apagar uma marca da gestão anterior e criar uma para nova gestão chamar de sua.
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A ideia é oferecer um serviço especializado para a mulher sidrolandense, em especial as gestantes com gravidez de risco que receberão um atendimento na própria cidade. O planejamento inclui parceria com o Hospital Elmíria Silvério Barbosa para que partos cirúrgicos (não apenas os normais) voltem a ser feitos na cidade. Será aberto o credenciamento da equipe integrada por obstetra, pediatra, enfermeiras que atuará nas cesáreas.
Ano passado, computando-se apenas os dados dos primeiros 8 meses de 2024 já lançados no painel de monitoramento de nascidos vivos do Ministério da Saúde, só 22% das crianças sidrolandense que vieram ao mundo, nasceram na cidade. O Hospital Elmíria Silvério Barbosa registrou uma média inferior de 12 partos por mês. Há 8 anos, quando eram feitos 35 partos por mês, 65% das gestantes tinham seus bebês na cidade.
"Não existe mágica. Basta aplicar o que o próprio Sistema Único de Saúde normatiza. Trabalhar com serviços e profissionais devidamente habilitados. Quando são lançadas no Sisreg (Sistema Nacional de Regulação) e encaminhadas para Campo Grande, as gestantes caem numa fila única, quando aqui no seu município, podem ser acolhidas e chamadas pelo nome. Só quem precisa do serviço de saúde, geralmente muito fragilizado, entende como é importante ser acolhido, estabelecer um vínculo com o profissional que fez seu pré-natal, especialmente quando se trata de uma gravidez de alto risco.
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Para as gestantes terem o atendimento qualificado em toda a rede, desde a unidade de saúde vamos publicar o protocolo da Rede Alyne - na mesma modelagem do governo federal. É importante registrar que esse acompanhamento das mamães vai até o parto - assegurando que elas façam o pré natal e ganham seus nenéns aqui no hospital", explica a secretária.
Outra ideia é aproveitar a estrutura dos equipamentos da instituição (tomografia, ressonância, mamografia) para oferecer os exames de imagens aqui mesmo. Até o ano passado, as mulheres tinham de viajar até a Capital para onde eram encaminhadas após agendamento feito pela regulação.
Mas afinal, o que havia de errado na estratégia de atendimento da Clínica da Família ? Quem responde é a secretária: "Eram atendimentos pontuais. O cuidado não tinha continuidade, a mãe era atendida ali e mandada para Campo Grande", explica.
Como a Clínica não estava habilitado no CNES (Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde), o município tinha que bancar com recursos próprios o funcionamento da estrutura (em torno de R$ 110 mil por mês, Incluindo o aluguel do prédio).
"Antes, como os médicos que prestavam atendimento não estavam adequadamente habilitados, a produção era glosada pelo SUS. A situação foi regularizada", explica.
A Clínica da Mulher vai oferecer
Pré-natal e assistência obstétrica de alto risco; prevenção de Infecções Sexualmente transmissíveis (ISTs); prevenção de violência de gênero e obstetrícia; Ultrassonografia obstétrica e ginecológica.
Assistência ao câncer de colo do útero; atenção ao climatério e à menopausa; saúde mental da mulher vítima de violência e da mulher gestante; inserção de DIU e IMPLANON; tratamento síndrome dos ovários policísticos e endometriose; planejamento familiar; orientação sobre aleitamento materno; e prevenção da morbimortalidade materno infantil.
Para serem atendidas na Clínica da Mulher, as mães serão encaminhadas pelas unidades básicas de saúde para a central de regulação que fará o agendamento, seguindo a Linha de Cuidado Materno-Infantil da Rede Alyne.
A Rede Alyne é um programa do Governo Federal que visa melhorar a saúde de gestantes, parturientes, puérperas e crianças. O objetivo é reduzir a mortalidade materna e infantil, além de garantir um atendimento humanizado.