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Sidrolandia

Aterro sanitário de Dourados dobra capacidade em 10 anos de implantação

Dourados foi a primeira cidade de Mato Grosso do Sul a implantar um aterro sanitário licenciado e hoje é referência no Centro-Oeste

O Progresso

06 de Agosto de 2014 - 09:54

Em dez anos de implantação, o aterro sanitário de Dourados quase dobrou o recebimento de resíduos sólidos, cobrindo 100% da cidade. Implantado em outubro de 2004, o aterro recebia inicialmente 94 toneladas/ dia, hoje são 180 toneladas/dia, pouco mais de 91% em relação ao início da operação.

Dourados foi a primeira cidade de Mato Grosso do Sul a implantar um aterro sanitário licenciado e hoje é referência no Centro-Oeste; além disso, opera totalmente dentro das normas da Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). A lei começou a valer em 2010. Portanto, Dourados saiu na frente e se adequou seis anos antes da lei ser sancionada pelo Governo Federal.

Conforme a lei, o prazo para os municípios se adequarem a fim dar destinação correta ao lixo terminou no dia 2 deste mês. Entre as medidas possíveis estão a construção de aterro sanitário ou a incineração com baixo impacto ambiental. Sem o cumprimento da Lei, os municípios ficam sujeitos a multas e ações na Justiça por crime ambiental.

“Além da destinação adequada do lixo urbano, o objetivo era acabar com o lixão que existia anteriormente, que foi desativado logo após a ativação do aterro, há cerca de dez anos”, lembra o diretor-presidente do Imam, Rogério Yuri Farias Kintschev.

Instalado em uma área de 50 hectares, na região do Distrito Industrial, é formado por trincheiras. O aterro sanitário de Dourados recebeu um investimento inicial, na época, de R$ 2,4 milhões.

De acordo com o gerente da Financial (empresa licitada pelo município responsável pelo recolhimento do lixo em Dourados), Carlos Roberto Felipe, a expectativa de capacidade do aterro vai até 2040. “Inicialmente seria até 2024, mas foi feita uma readequação para mais 16 anos”, observou.

O projeto inicial do aterro sanitário previa a construção de oito trincheiras de 465 metros de extensão por 50 metros de largura e cada uma constituída por três células, duas de dois metros de altura e uma de três metros. A parte inferior das trincheiras é revestida por uma lona polietileno de alta densidade impermeável, que evita a infiltração do chorume no solo e a contaminação do lençol freático.

Dessa forma, o lixo fica soterrado e seus resíduos não poluem o meio ambiente. “Por isso, o nosso aterro sanitário, construído com as mais modernas técnicas ambientais, é um exemplo em Mato Grosso do Sul”, explica Carlos Felipe.

Desde que entrou em funcionamento, o aterro sanitário de Dourados serve de referência, visitado por administradores de outras cidades de Mato Grosso do Sul e de fora do Estado, além de estudantes, engenheiros e técnicos ligados à área para conheceram as técnicas e meios para sua implantação e manutenção.

O aterro sanitário de Dourados chegou a ficar em primeiro lugar no Centro-Oeste em uma pesquisa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico do Centro-Oeste (BNDES), em que avaliou as tecnologias para o tratamento adequado e destinação dos resíduos sólidos no Brasil, frente das cidades de Chapadão do Céu e Goiânia, em Goiás.