Bovespa opera em alta após três dias de perdas; dólar cede

A cotação do dólar comercial caía 0,11%, a R$ 1,753 na venda

O otimismo com resultados corporativos nos Estados Unidos dá a principal contribuição positiva para o mercado de ações brasileiro hoje.

"O clima como um todo lá fora é positivo", disse André Hanna, economista da corretora Interfloat.

O motivo para o aumento da confiança do investidor é a divulgação de números postivos nos balanços de várias empresas, como Citigroup e Goldman Sachs.

O lucro de US$ 3,29 bilhões do Goldman no primeiro trimestre ofuscou, por enquanto, as acusações de fraude que o Goldman recebeu na sexta-feira pela SEC (órgão resgulador do mercado de capitais dos EUA).

Outra notícia que animou o mercado foi o aumento da confiança do investidor alemão a um nível maior que o esperado. O índice europeu de ações  tinha alta de 1,3%. Não havia indicadores econômicos agendados nos EUA.

Em meio ao ambiente favorável, as ações preferenciais da Petrobras eram as preferidas do mercado, com o maior volume individual do pregão.

Empresas do setor imobiliário também puxavam o índice para cima. MRV e Rossi divulgaram nos últimos dias números elogiados pelo mercado nas prévias operacionais do primeiro trimestre.

"A ação da Rossi tem o pior desempenho entre as grandes construtoras brasileiras, uma situação que acreditamos não ser condizente com a tendência de melhora do desempenho operacional nos últimos trimestres e com o sólido balanço de pagamentos", afirmou a Itaú Corretora, em relatório.

Além disso, a venda de materiais de construção no país cresceu 25,87% em março em comparação com o mesmo período do ano passado, informou a associação do setor, Abramat, nesta terça-feira.

Mas Hanna, da Interfloat, alerta para uma possível virada do mercado ainda nesta sessão. "Não diria que reverteu todo o pessimismo de sexta-feira. Até porque não teve um desdobramento (da acusação de fraude sobre o Goldman)", ponderou.