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Sidrolandia

Brasileira condenada pode ser presa a qualquer momento em Abu Dhabi

O Gulf News também destacou que o homem, de 25 anos, foi condenado a um ano de prisão e também será deportado. O "National" afirmou que o homem tem 28 anos.

France Presse

12 de Agosto de 2010 - 12:58

A adolescente brasileira que foi condenada em Abu Dhabi por ter feito ‘sexo consentido’ com um motorista de ônibus paquistanês pode ser presa a qualquer momento, informou ao G1 nesta quinta-feira (12) o encarregado de negócios da Embaixada do Brasil no emirado, Arthur Nogueira.

"A menor não foi presa até este momento, pois a sentença, lida pelo juiz da Sharia (lei corânica, a única vigente no país) no dia 10 de agosto, ainda não foi publicada. Ela permanece em casa, na companhia dos pais, mas a situação pode mudar de um momento para o outro. O próximo passo será recorrer da sentença de primeira instância e, simultaneamente, obter decisão judicial no sentido de permitir que a menor brasileira aguarde em liberdade a etapa seguinte do processo."

Nogueira informou ainda que a embaixada e o governo brasileiros estão a par do caso há algumas semanas e mantêm contato diário com a família e com o advogado.

A jovem foi condenada a seis meses de prisão depois que os promotores a acusaram de ter feito "sexo consensual" e ter combinado o encontro com o paquistanês, por meio do que chamaram de mensagens de texto "eróticas".

"A garota de 14 anos, que inicialmente alegou ter sido estuprada (...) foi condenada na terça-feira a seis meses de prisão, seguido pela deportação", informou o jornal "Gulf News". A adolescente se retratou da acusação de estupro durante uma audiência na corte, de acordo com o jornal "The National".

O Gulf News também destacou que o homem, de 25 anos, foi condenado a um ano de prisão e também será deportado. O "National" afirmou que o homem tem 28 anos.

Em muitos países, a adolescente seria considerada menor de idade para ter uma relação sexual, mesmo consensual. Mas nos Emirados Árabes Unidos, pondera a reportagem do "National", crimes relacionados ao sexo são analisados de acordo com a sharia, segundo a qual os acusados que já passaram pela puberdade são julgados como adultos.