Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 26 de Abril de 2024

Sidrolandia

Cerca de 7 mi de brasileiros "roubam" internet Wi-Fi do vizinho, diz estudo

A título de comparação, a porcentagem de pessoas que usa internet compartilhada é pequena comparado ao número total de internautas no Brasil.

Uol

16 de Setembro de 2013 - 14:31

Cerca de 7,1 milhões de usuários brasileiros acessam a internet por meio de redes Wi-Fi compartilhadas, segundo um estudo do instituto Data Popular divulgado nesta segunda-feira (16). Esses usuários, diz a pesquisa, não são assinantes de operadoras e acabam usando o sinal de internet liberado pelo vizinho. A título de comparação, a porcentagem de pessoas que usa internet compartilhada é pequena comparado ao número total de internautas no Brasil.

De acordo com dados do Ibope, o país somou 102 milhões de usuários no 1º trimestre de 2013. A atividade de compartilhar internet entre vizinhos é considerada clandestina. No entanto, uma decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª região negou na última sexta-feira (13) um recurso do MPF (Ministério Público Federal) que caracterizava como crime a partilha de sinal. Segundo a decisão do TRF, que foi unânime, o compartilhamento e a retransmissão não configuram atividades clandestinas de telecomunicações.

Ainda cabe recurso. Classe média é campeã em "roubo" de Wi-Fi O levantamento descobriu que a classe média é a que mais utiliza redes Wi-Fi compartilhadas por vizinhos: 10% dos entrevistados disseram navegar frequentemente na rede alheia enquanto está em casa. Já nas classes baixa e alta, os porcentuais foram iguais: 4% para cada uma.

De acordo com Renato Meirelles, presidente do Data Popular, a prática de compartilhar internet é mais comum na classe média, pois esses usuários "emergentes" têm relações mais próximas com os vizinhos. "Identificamos em nossas pesquisas qualitativas vínculos sociais mais estreitos na classe média. Nesse caso em específico, uma pessoa faz a assinatura de internet banda larga, rateando a conta entre dois ou três vizinhos". Meirelles cita que esse fenômeno é mais comum na classe média, pois os usuários dessa classe costumam contratar pacotes com velocidades maiores.

Em comparação, as classes mais baixas não têm dinheiro para assinar um pacote de alta velocidade e acaba não compensando compartilhar o sinal com um vizinho. A pesquisa do Data Popular foi realizada em junho deste ano e foram entrevistadas 2.000 pessoas em 100 cidades do país.