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Sidrolandia

Com nova prisão, caso de estupro contra idosa é reaberto em Anastácio

À época, Maria Ingrácia foi agredida, violentada e teve a orelha cortada. Morreu após 40 dias internada em coma

O Pantaneiro

28 de Maio de 2011 - 10:23

O caso da morte de uma idosa, de 70 anos, numa barbárie que chocou o município de Anastácio, em junho do ano passado, teve novos desdobramentos apresentados ontem pela Polícia Civil. À época, Maria Ingrácia foi agredida, violentada e teve a orelha cortada. Morreu após 40 dias internada em coma.

As duas novidades são a prisão de outro envolvido e a constatação da participação dos mesmos criminosos em outro caso de estupro de uma jovem estuprada e que também teve a orelha decepada em janeiro deste ano.

No crime contra a idosa, as investigações chegaram a Alef Marcelino Dias, menor da idade na ocasião, que confessou ter feito tudo sozinho. Ontem, no entanto, a Polícia Civil de Aquidauana prendeu Miguel Junior Ferreira Paim, conhecido como “gato louco”, que narrou todos os detalhes da ação.

Em depoimento ao delegado Mario Donizete, Miguel afirmou ter conhecido Alef em Aquidauana, nas proximidades da rodoviária, enquanto ingeriam bebidas alcoólicas. Alef teria chegado junto com seu padrasto, conhecido apenas como Reginaldo. Após a sessão bebedeira, o trio resolveu roubar uma idosa, pois sabiam que ela teria recebido dinheiro.

Ao chegar à residência, Miguel se encarregou de bater palmas e, no momento em que a idosa saiu, foi empurrada e agredida por Reginaldo. Inconsciente, a vítima foi violentada pelos três. Não contente, Alef cortou uma das orelhas da idosa com uma faca e ainda confessou ter defecado na boca dela. Após o crime monstruoso, os parceiros voltaram a beber até altas horas.

Maria Ingrácia foi socorrida com vida, encaminhada à Capital, onde ficou internada em coma profundo e morreu depois de 40 dias.

Em janeiro deste ano, desta vez, Miguel e Alef repetiram a dose. Agiram contra Janaina Gomes Rodrigues, de 22 anos. A vítima foi estuprada, teve a orelha arrancada e permaneceu internada ainda por 15 dias, mas não resistiu e morreu.

Alef conseguiu voltar à cena porque, na época do crime contra a idosa, era menor de idade e cumpriu apenas 45 dias de medida sócio educativa.

Posteriormente foi preso por assalto em uma loja de confecção em Aquidauana. Já Miguel foi trazido de Nioaque, ontem, quando foi preso por decreto de prisão preventiva.