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Sidrolandia

Com salários congelados há 7 anos e sem efetivo, Polícia Federal faz paralisação

A ação desta terça-feira ocorre quatro dias após a categoria fazer um protesto com 50 pessoas

Campo Grande News

11 de Fevereiro de 2014 - 09:20

Papiloscopistas, escrivães e agentes da Polícia Federal realizam uma nova paralisação na manhã desta terça-feira (11), em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal, na Vila Sobrinho, em Campo Grande. Entre inúmeras reivindicações, eles falam de estruturação da carreira, salários “congelados” há 7 anos e a falta de efetivo, entre outros pedidos.

“Desde 1996 somos assegurados por uma lei que padroniza o salário para quem tem ensino superior. No entanto, fazemos o curso e o valor recebido continua o mesmo de uma pessoa de nível médio. Não se trata de uma briga interna com outros cargos, mas sim de um reconhecimento que queremos ter”, afirma o escrivão Cléber Amaral, 43 anos, que está há oito anos na corporação.

Tal fato, que resulta em sete anos de salário “congelado” e aliado ao sucateamento das instalações, está gerando desmotivação nos servidores, segundo Amaral. Ao todo, são 450 policiais federais no Estado e 12 mil no país, com apenas 30% do efetivo trabalhando hoje.

“Em São Paulo, são 90 mil policiais militares e mais 28 mil no Rio Grande do Sul, sendo que a PF tem apenas 12 mil em todo o país para cuidar da fronteira. E todos sabem que a fronteira, por exemplo, não está protegida. Em 2012, fizemos 70 dias de greve com os mesmos pedidos, sendo que o governo disse que iria negociar e até agora nada mudou”, explica o escrivão.

Situação deplorável - A ação desta terça-feira ocorre quatro dias após a categoria fazer um protesto com 50 pessoas. Algemas foram penduradas simbolizando o dia de parada dos policiais federais. Para os próximos protestos, já agendados para os dias 25 e 26 de fevereiro, os policiais querem utilizar balão de oxigênio e soro simbolizando a situação deplorável da instituição.

“No dia 11 de fevereiro, que é o Dia Mundial do Enfermo, somos nós que estamos docentes e por isso estamos utilizando cruzes vermelhas como um pedido de socorro. Temos muitas falhas, como por exemplo, pessoas terceirizadas no setor de imigração, quando deveriam ser policiais federais. É uma época de assédio moral e gestão precária de recursos humanos na Polícia Federal”, avalia o escrivão.