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Sidrolandia

Comércio emprega seis mil em Dourados

O volume de postos de trabalho inclui as lojas do comércio central, nos bairros e no shopping Avenida Center

Dourados Agora

17 de Dezembro de 2010 - 08:53

 O comércio de Dourados é responsável pela geração de pelo menos seis mil empregos diretos, segun-do estimativa do Sindicato dos Empregados do Comércio de Dourados (Secod). O volume de postos de trabalho inclui as lojas do comércio central, nos bairros e no shopping Avenida Center. Somente no empreendimento, inaugurado há quatro anos, são mil empregos. A geração de novos postos de trabalho aumenta no final do ano, quando lojistas precisam ampli-ar o número de funcionários para dar conta da alta demanda por atendimento.

O presidente do Secod, Pedro Lima, comerciário há 30 anos, diz que não tem do que reclamar do trabalho no comér-cio, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo setor. “Temos alguns problemas, quando há promoção precisamos trabalhar mais, mas o empregado também é recompensado por isto. A remuneração é compatível com a quantidade de trabalho”, diz ele.

Hoje, o piso salarial do comércio é de R$ 570 mas, segundo o sindicalista, a remuneração média dos comerciários gira em torno de R$ 1 mil a R$ 1,1 mil com as comissões. “É um valor bastante razoável”, diz ele. Segundo análise de Pedro Lima, as lojas que mais contratam são as de confecção, móveis, eletrodomésticos e presentes.

Em Dourados, segundo números da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul, são 5.603 empresas constituídas, inclu-indo comércio, indústria e serviços. Somente no comércio, ainda segundo relatório da Junta Comercial, são 5.132 empre-sas, incluindo lojas das redes varejista e atacadista.

QUALIFICAÇÃO

O gerente da Agência Pública de Empregos de Dourados, José Alberto Thiry, diz que a oferta de vagas para o comér-cio é constante, mas em grande parte a contratação esbarra em um problema já conhecido: a falta de qualificação. “Geralmente os empregadores cobram experiência e qualificação, como em qualquer outra área. Por isto, muitas vagas são de difícil preenchimento”, comenta o gerente.

A mudança no perfil do trabalhador do comércio é confirmada pelo empresário Gilberto Santana, proprietário da Kas-siana Modas e Classic Man. “Hoje, quem quer trabalhar no comércio precisa se qualificar. O vendedor se transformou em um consultor de vendas, que deve estar preparado para orientar o cliente no momento da venda”, diz ele.

O investimento em educação para o atendimento também é citado pelo presidente da Associação Comercial e Empre-sarial de Dourados (Aced), Antonio Freire. Segundo ele, assim como outras áreas de atuação, o comércio também exige uma atualização constante. “Hoje, só está desempregado quem não tem qualificação e não tem nenhum interesse em se qualificar. Caso contrário, o mercado está cheio de oportunidades”, garante.