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Sidrolandia

De MS, caravana de 82 marcha a Brasília em busca de compensação de perdas

As perdas, motivadas principalmente pela redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), fizeram os prefeitos passarem por dificuldade para fechar as contas em 2012.

Midiamax

28 de Janeiro de 2013 - 13:51

Boa parte dos 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul estão em Brasília nesta segunda-feira (28) para participar do primeiro dos três dias de encontro com a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Segundo o presidente da Assomasul, Jocelito Krug, a lista de representantes de Mato Grosso do Sul inclui 82 pessoas, entre prefeitos, vice-prefeitos e secretários.

Dilma quer aproveitar a reunião para conhecer os novatos, mas também apresentar os principais programas e linhas de crédito do Governo Federal. Os programas enchem os olhos dos prefeitos, mas a maior expectativa está na compensação de perdas no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). As perdas, motivadas principalmente pela redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), fizeram os prefeitos passarem por dificuldade para fechar as contas em 2012.

O prefeito de Paranaíba, Zé Braquiara (PDT), está seguindo para Brasília e a expectativa é justamente a compensação dos 32% de perdas de FPM. Ele conta que Paranaíba perdeu R$ 300 mil mensais no ano passado. O prefeito explica que o município ficou bastante prejudicado com os cortes, já que a arrecadação não é tão grande, de R$ 5,8 milhões.

Jocelito Krug também está seguindo para Brasília. Ele entende que a maioria dos prefeitos está esperando o anúncio de uma compensação de perdas. Porém, a expectativa está sendo frustrada diante do anúncio da pauta da reunião.

“Pelo que se vê, vai ser um lançamento de pacotes de recursos. Na marcha dos prefeitos a presidente prometeu recursos para asfalto, retro-escavadeiras e não saiu. Era para agosto do ano passado. Quem sabe não vai liberar agora o que estava represado, principalmente para os novos prefeitos”, analisou.

O presidente da Assomasul acredita que a presidente deve abrir a mão a partir de agora, visto que já chegou na metade do governo dela. “Se não atender os prefeitos agora e estiver pensando em reeleição, já pode ir desistindo. Se não ajudar os municípios, como vai estar o Brasil todo?”, questionou. Krug pondera que nos dois primeiros anos o governante é mais cauteloso. Porém, entende que até por questões políticas, é preciso parar de ficar represando recursos.

No ano passado, além das transferências obrigatórias, o governo repassou R$ 10 bilhões aos municípios de forma voluntária. O evento de Dilma  conta com gabinetes itinerantes para ministros atenderem prefeitos de forma reservada, palestras sobre os principais programas e oficinas a fim de ajudar os municípios a cumprirem as exigências de repasse de recursos federais na execução de obras e serviços. A presidente determinou que o evento seja mais técnico que político. Ela espera receber 20 mil pessoas no evento orçado em R$ 3 milhões.