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Sidrolandia

Defesa Civil monitora áreas de risco em Dourados

A população vive insegura, temendo inclusive a ocorrência de doenças veiculadas pela água, como hepatite.

Dourados Agora

22 de Fevereiro de 2011 - 15:55

A Defesa Civil de Dourados iniciou ações ostensivas de monitoramento em áreas de risco para enchentes. Segundo o coordenador, João Vicente Chencarek, as regiões mais críticas ficam no Grande Cachoeirinha, às margens do Córrego Rego D´Água; Jardim Caimã e circunvizinhança; na proximidade do Laranja Doce e parte do Jardim Clímax perto do Córrego Água Boa.

Outros pontos inclusos no planejamento de contenção de riscos, elaborado pela Defesa Civil, ficam no Jardim João Paulo II, no trecho da Rua Antônio do Amaral, onde várias famílias ficam ilhadas em dias de chuva forte. A enxurrada invade ruas, carreando lixo e insetos para quintais e interior das residências. A população vive insegura, temendo inclusive a ocorrência de doenças veiculadas pela água, como hepatite.

No Cachoeirinha e bairros vizinhos a situação não é diferente. Moradores assentados em fundo de vale e que não têm para onde ir, já perderam móveis, roupas, alimentos e até documentação.

A população da região que engloba bairros como o Estrela Porã, Novo Horizonte e Parque do Lago II também sofrem com enchentes e suas consequências. Uma destas foi a interdição do Posto de Saúde Familiar, o PSF 34. Segundo informações, os servidores foram obrigados a interromper o atendimento odontológico, a vacinação e inalações por conta de inundações nas dependências.

Outro bairro crítico, o Jardim Caimã, alaga quando chove. As casas não escapam das inundações, a exemplo que do ocorreu ano passado. Em algumas residências a água atingiu cerca de um metro e meio de altura. As famílias ficaram isoladas e foram removidas, pela Defesa Civil, à Casa da Acolhida e Estádio Frédis Saldivar, até que pudessem retornar ao bairro.

Na mesma situação e época ficou o Jardim Monte Líbano, onde a Defesa foi obrigada a usar maquinários como retroescavadeiras para escoar a água e liberar as casas.

O coordenador da Defesa Civil estima que Dourados conta hoje com cerca de 600 famílias, em torno de 2.500 pessoas, assentadas em áreas de risco e que precisariam ser removidas urgentemente para outros locais.

Chencarek diz que após concluído a primeira fase do monitoramento, o laudo será encaminhado à Defesa Civil do Estado e o Ministério da Integração Nacional. O objetivo é reinvindicar recursos do Governo e União para drenar áreas e garantir a segurança das famílias ribeirinhas. O monitoramento tem o apoio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), do Planejamento, Assistência Social e Habitação.