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Sidrolandia

Desafios na captação de doadores de sangue regulares no Brasil

Maxpress

14 de Junho de 2012 - 07:25

Nesta quinta-feira, 14 de junho, data em que é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue, a Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) alerta que, apesar das campanhas de conscientização quanto ao ato de doar voluntariamente e, em especial, por repetição, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a média de doadores de sangue está entre 3% e 5% em relação à população de todo o mundo. A média brasileira é de 1,9% nos últimos cinco anos; destes, 40% o fizeram pelo menos duas vezes ao ano. O hematologista e presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Carmino Antonio de Souza, explica que doar sangue é fundamental para aqueles pacientes atendidos em emergências com grande perda sanguínea (politraumatizados), que sofrem de doenças hematológicas ou doentes transplantados e necessitam de sangue continuamente para sobreviver.

Segundo o especialista, há alguns anos, os doadores eram denominados de “reposição”, pois só doavam quando algum membro da família ou amigo precisava de sangue. Hoje, este modelo ainda existe, mas, de acordo com o hematologista está ultrapassado. “O pior momento para sensibilizar as pessoas para a importância da doação é em meio a uma situação de urgência ou emergência, por isso buscamos conscientizar a população pela opção de doar periodicamente”, defende Souza.

De acordo com Souza, uma das medidas é centrar esforços para aumentar o número de doadores de repetição, também conhecidos como regulares. “A fidelização traz benefícios como menor risco de transmissão de doenças e custo menor a Saúde. Doar sangue é fundamental para aqueles pacientes atendidos em emergências com grande perda sanguínea, que sofrem de doenças hematológicas ou que serão transplantados”, ressalta o especialista.

Quais os mitos mais comuns em relação à doação de sangue?

• Quem doa sangue uma vez tem que continuar doando sempre;

• A doação “engrossa” o sangue, entupindo as veias ou “afinar”, “virar água”, provocando anemia;

• Doar sangue engorda, emagrece ou vicia;

• Mulheres menstruadas não podem doar sangue.

Verdades

• Doar sangue não enfraquece o organismo;

• Quando o sangue coletado apresentar problema, o doador é convidado a refazer os exames;

• Doação após a gravidez: Se o parto for normal, a mulher pode voltar a doar depois de três meses e se for cesariana, depois de seis meses.