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Sidrolandia

Diretor clínico do hospital diz que idoso não morreu de dengue

Oribei morreu ontem de manhã no Hospital Regional em Campo Grande e foi sepultado hoje às 10 horas no Cemitério São Sebastião em Sidrolândia.

Flávio Paes/Região News

22 de Janeiro de 2013 - 14:00

O diretor clínico do Hospital Elmiria Silvério Barbosa, Nilton Renato Couto, descarta o diagnóstico clínico preliminar de que o idoso Oribei da Silva, de 64 anos, morador em Sidrolândia, tenha morrido vítima de dengue hemorrágica.

Segundo ele, o médico Elcio Flores, que a meia noite de domingo encaminhou o paciente para ser internado na vaga zero em Campo Grande, pode ter sido induzido ao diagnóstico porque o hemograma do paciente mostrou queda de plaquetas.  Seria um efeito colateral da medicação que o idoso usava porque era renal crônico, não uma evidência de que estivesse com dengue.

“O médico que o atendeu colocou que poderia ser dengue por causa das plaquetas, mas ele não estava com nenhum sintoma da doença. Houve uma confusão”, afirmou o diretor clínico em entrevista ao Campo Grande News.

Oribei morreu ontem de manhã no Hospital Regional em Campo Grande e foi sepultado hoje às 10 horas no Cemitério São Sebastião em Sidrolândia.  Além de problemas renais, ele tinha problemas cardíacos. Antes morrer, o idoso ficou cinco dias passando mal, com sucessivas idas e vinda ao hospital.

No último dia 16 esteve no hospital Dona Elmiria Silvério Barbosa, às 4 horas, com e náusea e dor abdominal. Foi medicado e voltou para casa. Retornou no dia 18 de janeiro, com dores no joelho e no ombro, mas sem febre. No dia seguinte, ele voltou ao hospital reclamando de mal estar, inchaço nas pernas, dificuldade de urinar e falta de ar. No domingo seu estado de saúde se agravou, quando foi levado para Campo Grande, onde acabou morrendo ontem de manhã.

Sob investigação

De qualquer forma a causa da morte de Oribei está sendo investigada da Secretaria Estadual de Saúde.  Os exames laboratoriais vão avaliar o seu histórico patológico. O mesmo trabalho sendo feito em relação à Ana Leite Ovelar, 61 anos, que também morreu ontem no Hospital Regional com diagnóstico clínico de dengue. No começo de janeiro, a doença causou a morte de Wanderléia de Souza Oliveira, de 45 anos, a primeira registrada este ano.