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Sidrolandia

Exclusivo: PT se reconcilia com Jean e afasta ameaça de expulsão

O presidente do diretório municipal, Gilmar Antunes foi nomeado no início do mês para ocupar a assessoria política do Legislativo

Marcos Tomé/Região News

15 de Fevereiro de 2011 - 13:35

Exclusivo: PT se reconcilia com Jean e afasta ameaça de expulsão
Exclusivo: PT se reconcilia com Jean e afasta amea - Foto: Marcos Tom

Exatamente nesta terça-feira, quando completa dois meses da eleição da atual Mesa Diretoria da Câmara, foi anunciada a reconciliação do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) com o presidente da Câmara, Jean Nazareth, eleito numa composição com o PDT e PSDB que custou ao partido a perda de três secretarias e vários cargos que militantes petistas ocupavam na prefeitura.

O presidente do diretório municipal, Gilmar Antunes (um dos demitidos) foi nomeado no início do mês para ocupar o cargo de assessor parlamentar do Legislativo e deverá tratar dos assuntos políticos da casa.

Desde a eleição da Mesa Diretora da casa, quando sua candidata, vereadora Roberta Stefanello (PMDB) foi derrotada, o prefeito Daltro Fiúza, do mesmo partido, articulava nos bastidores a  expulsão de Jean Nazareth do PT, oferecendo como contrapartida aos dirigentes do partido, a recontratação dos militantes demitidos, além de garantir  de volta as três secretarias (Administração, Assistência Social e Desenvolvimento Rural)  que a legenda  ocupava até o dia 15 de dezembro quando todos os secretários foram demitidos em represália ao resultado da eleição da Mesa.

Com a reaproximação de Jean com a Executiva petista, o presidente da Câmara assume a condição de interlocutor natural (até pelo cargo que exerce) do partido para qualquer negociação política, seja no curto, uma possível reconciliação com a administração municipal ou até mesmo mais adiante, no processo de composição das alianças na disputa municipal em 2012.

No cenário atual, o prefeito saiu de uma maioria simples (5 a 4) para uma condição inversa na Câmara a oposição em condição (4 a 5). O prefeito passa a conviver com o risco, por exemplo, de ter pedidos de requerimentos  (de informações e convocação de secretários para prestar esclarecimentos) aprovados, fator que lhe impõe alguns constrangimentos.

Nos primeiros anos das legislaturas, todos os requerimentos da  oposição (mais especificamente do vereador Di Cezar, do PSDB),eram obstruídos pela base aliada ainda nas comissões. O quadro daqui pra frente não será tão confortável assim. A mesma dificuldade encontrará projetos de lei complementar (onde o quórum exigido de aprovação é qualificado em seis votos).