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Sidrolandia

Fábio Trad pode ocupar Secretaria de Justiça, caso seja desvinculada da Segurança Pública

O deputado federal (não reeleito) Fábio Trad, deve participar do 1º escalão, ocupando a Secretaria de Justiça, que surgiria, desvinculada da Secretaria de Segurança Pública.

Flávio Paes/Região News

27 de Outubro de 2014 - 08:21

O governador eleito Reinaldo Azambuja para compor sua maioria na Assembleia, além dos partidos que estiveram no seu palanque no 1º turno, devem contemplar com participação no secretariado os partidos que o apoiaram no 2º turno, caso do PSB, PT do B e PMDB e até do PDT que era da coligação do seu adversário Delcídio do Amaral. A coligação de Reinaldo só elegeu seis deputados. Os partidos que estavam alinhados (pelo menos formalmente) com a candidatura do ex-prefeito Nelson Trad, elegeram 10 parlamentares e os aliados de Delcidio, 9.  

Como parte desta estratégia o deputado federal (não reeleito) Fábio Trad, deve participar do 1º escalão, ocupando a Secretaria de Justiça, que surgiria desvinculada da Secretaria de Segurança Pública. O PDT, que era da coligação de Delcidio do Amaral, pode compor a futura base governista com seus três deputados eleitos. No segundo turno os futuros deputados Beto Pereira, George Takimoto e Felipe Orro, fizeram campanha para Reinaldo.  

Entre as pastas reservadas ao partido do futuro governador, está a Secretaria de Educação que deve ser comandada pela professora Maria Cecilia Amendôla, filiada ao PSDB, que esteve à frente da Secretaria de Campo Grande na gestão de Nelsinho. Outro nome certo na equipe do futuro governador é de Carlos Alberto Assis, um dos coordenadores de sua campanha.

O deputado Zé Teixeira, do Democratas, pode ser o futuro secretário da Produção, que surgirá junto com um o desmembramento das áreas de Indústria, Comércio e Turismo, que ganharão uma secretaria própria. Teixeira abriria espaço para o 1º suplente Herculano Borges, do Solidariedade, assuma uma vaga na Assembleia. Ao discursar durante a comemoração da vitória no seu comitê, Reinaldo alfinetou o senador Delcídio Amaral (PT), derrotado nas urnas neste domingo (26). "É temerário falar sobre isso agora [o secretariado] porque o nosso adversário já tinha nomeado todos os secretários, mas agora que estou eleito governador, vamos encontrar pessoas que comunguem do nosso pensamento para governar MS e essas pessoas podem estar em qualquer partido", declarou.

Questionado sobre a possibilidade de adversários serem contemplados, Azambuja repetiu: "qualquer um que comungar com meu plano de governo será bem vindo. Volto a repetir: de qualquer partido, inclusive os adversários". Reinaldo Azambuja (PSDB) recebeu uma ligação de André Puccinelli (PMDB), que o parabenizou pela eleição.

"O governador já se colocou à disposição para apresentar as secretarias para mim, mas vou me reservar uns três ou quatro dias de descanso para depois criar uma equipe de transição e começar a discutir a questão do secretariado", afirmou.  O governador eleito de Mato Grosso do Sul disse novamente que seu primeiro ato será o "mutirão da saúde", pois considera a questão mais urgente do Estado.

Ele prometeu "transparência em tempo real" na sua gestão. "Vai haver um portal da internet para que o cidadão acompanhe em tempo real a arrecadação do Estado, contratos, licitações e pregões eletrônicos", explicou Reinaldo. Azambuja também falou como será a relação com o governo federal, após a derrota do tucano Aécio Neves e reeleição da candidata do partido adversário, Dilma Rousseff.

"A relação, vai ser uma relação que todo governo tem que ter. Eu sempre disse, durante toda a campanha, que MS é o último estado em transferências voluntárias com a União. Então, eu acho que a partir de agora nós temos que trabalhar para melhorar as relações com o governo federal e tem que dar mais atenção para questões como a segurança nas fronteiras e a infraestrutura no Estado", detalhou. 

Reinaldo agradeceu aos oito partidos que o apoiaram neste segundo turno, além dos parlamentares, e declarou estar à disposição para estudar o orçamento do Estado para 2015. Também voltou a salientar que governará para 100% das pessoas do Estado. "Não podemos dividir o Estado, como eles queriam. Entre ricos e pobres. Vamos fazer um governo voltado para assistência social, melhorar a saúde e a educação", disse.