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Sidrolandia

Fenômeno climático que cobre o Brasil provoca excesso de chuvas em MS

A chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul é um fenômeno bem caracterizado no verão e marcado por períodos de chuvas intensas.

Midiamax

05 de Março de 2011 - 09:22

As chuvas que ocorrem desde o início da semana em Mato Grosso do Sul são provocadas por uma espécie de corredor de nebulosidade que se estende da região amazônica até o Sudeste brasileiro, passando pela região Centro-Oeste. A chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul é um fenômeno bem caracterizado no verão e marcado por períodos de chuvas intensas.

De acordo com a meteorologista Cátia Braga, do Centro de Monitoramento do Tempo (Cemtec/MS), o marcador pluviométrico instalado no aeroporto internacional de Campo Grande já registrou, até esta sexta-feira (4), um volume de 127,3 milímetros de chuva, o equivalente a 84% do esperado para o mês de março na cidade, que é de 151,5 mm para o Cemtec.

Previsão do tempo

O Instituto de Meteorologia (Inmet) prevê uma sexta-feira chuvosa em Campo Grande, com temperaturas variando entre 21 e 25 graus. No sábado (5), haverá sol com muitas nuvens durante o dia. Pode chover a qualquer hora. A temperatura varia entre 20 e 32 graus. O tempo só deve melhorar no domingo (6), ainda assim com pancadas de chuva.

Alagamentos continuam

Na manhã de hoje (4), no bairro Santo Antônio em Campo Grande, nove casas ficaram alagadas devido às chuvas: duas na rua Brasil, uma na João Antônio Ferreira, quatro na rua Belém e duas na travessa Jalisco.

Uma das pessoas que sofreu com esse problema  foi o açougueiro Nestor Nunes, de 59 anos, que mora junto com a esposa e o sogro. Nestor afirma que toda chuva é uma preocupação e certeza de prejuízos. Com o alagamento desta sexta-feira, o morador perdeu o guarda-roupa que ainda nem tinha terminado de pagar.

Além dos prejuízos materiais, quando chove, Nestor tem que redobrar a atenção com sua saúde, já que o açougueiro tem câncer e acredita que a chuva pode trazer doenças e prejudicar ainda mais o seu sistema imunológico já debilitado.

Na travessa Jalisco, no mesmo bairro, outra pessoa que teve sua casa alagada nesta sexta-feira foi Cleonice Aparecida de Paula, de 48 anos. Além da mulher, na casa dela, moram seu marido e seus dois filhos de 14 e 17 anos. Ao ser questionada sobre a chuva, a moradora afirma que ela é uma preocupação constante e relata que, desde ontem, o Corpo de Bombeiros foi acionado três vezes para comparecer na residência dela.

Vizinha de Cleonice, a senhora Elizabeth Vareiro, de 50 anos, também afirma que a chuva tem tirado o seu sono. Junto com ela, moram seus filhos de 22 e 25 anos. Emocionada, a morada afirma que, assim que sabe que vai chover, fica preocupada com a possibilidade de alagamentos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, não será necessária a remoção de famílias no bairro Santo Antônio porque a estrutura das casas não foi afetada. Além do bairro Santo Antônio, houve registros de alagamentos no Jardim Imá, no Residencial Oliveira e no Nova Campo Grande.