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Sidrolandia

Fiems garante apoio na industrialização da erva-mate cultivada no Estado

O vice-presidente Sidnei Pitteri participou da apresentação do projeto com o senador Waldemir Moka e com o prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novais

Daniel Pedra/Assessoria

20 de Julho de 2013 - 07:39

Durante a apresentação do projeto “Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Erva-Mate na Fronteira”, realizada nesta sexta-feira (19/07) pela Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), no Centro de Convenções de Ponta Porã, o vice-presidente da Fiems para a região da Grande Dourados, Sidnei Pitteri Camacho, garantiu o apoio integral do Sistema Indústria, por meio do Senai, no oferecimento de cursos de qualificação de mão de obra para atender as empresas que vão industrializar a erva-mate plantada nos municípios localizados na região de fronteira com o Paraguai.

“O processo produtivo da erva-mate é longo, cerca de 5 anos. Por isso, a nossa intenção é iniciar um estudo para identificar quais cursos serão necessários para atender a demanda das pequenas empresas que devem ser criadas na região para industrializar a erva-mate. O Sistema Fiems acredita que o avanço desse projeto possibilitará a abertura de uma nova frente de industrialização para a região, onde a erva-mate conta com solo e clima favoráveis, além de grande mercado consumidor do tereré e do chimarrão”, avaliou Sidnei Pitteri.

Segundo o padrinho do projeto, senador Waldemir Moka (PMDB), além de criar condições para geração de renda a assentados e a pequenos agricultores da região da faixa de fronteira com o Paraguai, a intenção é resgatar o valor cultural do produto, matéria-prima da mais apreciada e tradicional bebida do sul-mato-grossense, o tereré. “O projeto envolverá os setores público e privado, como entidades ligadas aos industriais, comerciantes e produtores rurais, além de associações de agricultores familiares”, garantiu.

O prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novais (PPS), destaca que a erva-mate é um produto identificado com a terra e ainda cumpre a legislação ambiental sobre a manutenção de 20% da reserva legal da área explorada. Já Agnaldo Moraes da Silva, assessor de Planejamento e Avaliação da Sudeco, hoje a produção no Estado é insuficiente para atender a demanda dos consumidores.

“Boa parte da erva-mate consumida em Mato Grosso do Sul sai do Paraná. O Estado está perdendo uma grande fonte de recursos, pois a erva-mate é o ingrediente básico do tereré, muito apreciado pela população local”, observou.

De acordo com Alexandre Bastos Peixoto, coordenador-geral de Programas da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, o projeto pretende reunir empresas privadas e órgãos públicos para atuar na assistência técnica nas áreas de produção. A proposta será desenvolvida, inicialmente, no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, um dos maiores do país, para ocupar a grande mão de obra ociosa de trabalhadores da localidade. A expectativa é que a produção de erva-mate alcance cerca de 3 mil famílias assentadas.

Estimativa preliminar indica que cada hectare plantado gere renda de R$ 10 mil anuais. O objetivo é que a produção da erva-mate tenha cadeia produtiva própria, semelhante à da carne suína e à de frango. “Queremos envolver as empresas, que vão financiar o plantio e depois comprar a produção, como ocorre em outras cadeias”, completou Alexandre Peixoto. Além de Ponta Porã, a produção deverá ser incentivada nos municípios de Antônio João, Amambai, Laguna Carapã, Tacuru e Iguatemi.