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Sidrolandia

Governo divulga estado de saúde dos 12 feridos por atirador

Conjuntura Online

08 de Abril de 2011 - 07:35

A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil informou na noite desta quinta-feira o estado de saúde dos 12 feridos atingidos pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23, na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio). Oliveira se matou depois de matar 12 crianças.
 
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Veja abaixo a relação dos feridos e o estado de saúde:
 - Hospital Estadual Alberto Torres
 J.O.S., 14 anos: sofreu uma lesão vascular grave no ombro direito e passa por uma cirurgia.
 - Hospital Estadual Adão Pereira Nunes
 L.V.S.P., 13 anos: foi baleado no olho direito, passou por cirurgia.
 T.T., 14 anos: foi atingida no abdômen e coluna, passou por cirurgia no Hospital Estadual Albert Schweitzer e foi transferida para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes.
 - Hospital Estadual Albert Schweitzer
 C.M.V.S., 13 anos: teve fratura de antebraço, está estável.
 E.C., 14 anos: baleado no abdômen e mão, está em estado grave.
 D.D., 13 anos: baleado no abdômen, está estável.
 R.L., 13 anos: baleada no abdômen, está estável.
 P.S.F., 14, teve uma lesão na perna, foi examinado na unidade e teve alta.
 - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia
 I.B.O.P., 13 anos: baleado no braço, está estável.
 B.R.T., 13 anos: baleada nas mãos, está estável.
 - Hospital Universitário Pedro Ernesto
 L.G.C., 13 anos: baleado na perna e no braço; ele está consciente e o estado de saúde é estável.
 - Hospital da Polícia Militar
 A.M.F.S., 14, anos: foi baleado na cabeça, mão e clavícula, foi operado e passa bem.
 
CRIME

Oliveira entrou na escola por volta das 8h, dizendo que daria uma palestra. Conversou com algumas pessoas e seguiu em direção às salas de aula, onde disparou diversos tiros. Segundo a polícia, a ação durou cerca de cinco minutos. Além dos 12 mortos, outras 12 pessoas ficaram feridas --ao menos quatro estão internados em estado grave.
 
Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial militar Márcio Alexandre Alves relatou que o rapaz chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam trancados em salas de aula. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira caiu no chão e se matou com um tiro na cabeça.
 
 


A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento.
 
Várias das crianças feridas foram socorridas de helicópteros. Outros feridos chegaram a ser socorridos por vizinhos, que usaram os próprios carros. Muitas pessoas se aglomeraram em frente à escola, entre eles muitos pais em busca de informações sobre os filhos.
 
A escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos --da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.
 
Em carta, o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.
 
O crime teve repercussão internacional. A presidente Dilma Rousseff chorou e pediu um minuto de silêncio por alunos mortos.