Sidrolandia
Igreja Católica celebra tradicional missa em cerimonia de Finados no São Sebastião
A cerimônia reuniu fieis, familiares e visitantes, em uma mistura de fé e saudade.
Marcos Tomé/Região News
02 de Novembro de 2014 - 21:37
O feriado do Dia de Finados em Sidrolândia foi comemorado com uma cerimônia tradicional da Igreja Católica que atraiu mais de 1500 pessoas para o Cemitério Municipal São Sebastião. A Santa Missa foi presidida pelo Frei Nereu Todescato, pároco da cidade, que relembrou o nascimento e morte como fundamento da vida humana.
A cerimônia reuniu fieis, familiares e visitantes, em uma mistura de fé e saudade. Aplausos, flores e velas aos que já se foram, foram acesas. Estima-se que mais de 5 mil pessoas passaram pelo Cemitério. A festa cristã que recorda todos aqueles que faleceram, também chamada de festa da esperança, foi organizada pela Paroquia Nossa Senhora da Abadia.
Antes da celebração, o sacerdote conduziu um momento de Adoração ao Santíssimo Sacramento. Com orações, velas e até lágrimas, as famílias fizeram as homenagens aos parentes e amigos em Sidrolândia. Na visitação aos túmulos, com a tradicional queima de velas e ornamentação temática, a repetição de uma cena comum marca o ritual da veneração póstuma: pessoas choram e são consolodas por outras.
Os donos de bancas de comida, velas, flores artificiais, capelas, cruzes e arranjos funerários, entre outros produtos vendidos no portão de acesso ao São Sebastião, consideraram o movimento registrado durante todo o dia positivo. A movimentação mais intensa foi registrada entre as 9 e 10 horas da manhã.
O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca. É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.
Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos;
costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que
morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na
celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para
rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais, ninguém se
lembrava.
Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX
(1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Desde o
século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de
novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os
Santos".
O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.