Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 26 de Julho de 2024

Sidrolandia

Índios anunciam novas ocupações de fazendas em Paranhos

A morte de um bebê de nove meses de idade também é considerada pelos guarani-kaiowá como resultado do ataque ao grupo durante a ocupação.

Da redação com informações do Midiamax

20 de Agosto de 2012 - 09:00

Os índios guarani-kaiowá, anunciam novas ocupações em fazendas que ficam nas áreas declaradas como terra indígena pela União em Paranhos. Eles garantem que não têm armas de fogo, mas prometem resistir no local. Durante um Aty Guasu, espécie de conselho político de povos indígenas, eles decidiram ocupar todas as áreas em Mato Grosso do Sul que estão com a homologação suspensa por uma liminar no STF (Supremo Tribunal Federal).

"Estamos declarando guerra à enrolação. Vai ter mais retomada em Mato Grosso do Sul porque faz anos que aguardamos quietos e nada acontece", diz o líder indígena Eliseu Gonçalves, membro do Aty Guasu. Na primeira destas prometidas ocupações no último  dia 10, em Paranhos, homens armados reagiram e dispararam com armas de fogo contra os indígenas.

Segundo os guarani-kaiowá um homem identificado como Eduardo Pires, de aproximadamente 50 anos de idade, estaria desaparecido desde então. A morte de um bebê de nove meses de idade também é considerada pelos índios  como resultado do ataque ao grupo durante a ocupação.

'Grande desgraça'

Tal qual os índios, os fazendeiros culpam o poder público pela situação: “Se tiver morte, a culpa é desses políticos que enrolam todo mundo no Brasil. Declararam essas terras como área indígena para agradar as ongs, os índios e os brancos que vivem às custas dos índios. Depois, adiaram a decisão lá no STF, sei lá onde, só para agradar os ruralistas, a bancada rural.

Os bugres escutam que é deles, vão querer entrar mesmo. A gente tem escritura e pagou pela terra, não vamos querer sair mesmo. Isso aí só pode acabar de um jeito ruim”, diz um produtor que há mais de 30 anos possui área em Paranhos. Com informações do Midiamax.