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Sidrolandia

Índios avançam e montam acampamento na divisa de fazenda Buriti com 3R

Campo Grande News

12 de Maio de 2011 - 18:00

Cerca de mil índios terena que invadiram a Fazenda 3R, na região de Sidrolândia na última terça-feira (10) avançaram e estão acampados na divisa da 3R com a Fazenda Buriti. Os indígenas da aldeia Buriti estão na expectativa de uma reunião em Brasília, com a diretoria de Assuntos Fundiários da Funai.

Segundo o coordenador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio), Edson Fagundes, que inclusive foi feito refém essa semana, a reunião com a diretoria de Assuntos Fundiários em Brasília está na fase de agendamento, mas ainda sem data definida.

Os índios reivindicam 17 mil hectares de terra da região e há especulações de que eles invadam mais propriedades. O proprietário da Fazenda Buriti, Edmundo Bacha disse que os índios estão armados com espingardas. Produtores rurais afirmam que o grupo acampado na divisa esteja a dois quilômetros da propriedade.

Sobre a possibilidade de fechar a estrada que dá acesso às fazendas, Edson Fagundes diz que isso é uma decisão deles. “Não podemos informar. Isso parte deles, quando definem a situação, vão lá e fazem”, acrescenta.

O proprietário da Fazenda 3R, Roberto Bacha afirmou que a situação permanece a mesma, sem confrontos, mas também sem avanços na negociação. O proprietário pode entrar com o pedido de reintegração de posse ainda hoje.

Invasão - os indígenas invadiram a propriedade na noite de terça-feira (10) para reivindicar que o processo de demarcação na região, distribuídos em três fazendas, seja acelerado.

Os terena dizem “não suportar mais” a espera pela demarcação, vivendo em uma área homologada de aproximadamente 2 mil hectares em Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. Os indígenas são das aldeias Córrego do Meio, Lagoinha e Buriti.

No local, os indígenas afirmam que se os brancos não cumprirem a lei, eles vão fazer do jeito deles. Produtores rurais da região asseguram que se não houver solução pacífica, um confronto será inevitável.

Na terça-feira os indígenas fizeram reféns o coordenador regional da Funai/MS (Fundação Nacional do Índio), Edson Fagundes e o chefe de Meio Ambiente da Fundação, Ricardo Araújo, mas os liberaram na mesma noite.