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Sidrolandia

Instituto Senai de Biomassa detalha técnica de mapeamento de florestas

Marcela Salazar, do ISI Biomassa, explicou a técnica em seminário realizado em Campo Grande

Daniel Pedra

13 de Novembro de 2014 - 13:57

Como parte da programação do Seminário Biomassa e Madeira Nobre – Novas Oportunidades de Negócios, promovido em Campo Grande (MS) pela Famasul, a técnica do ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação – Biomassa), Marcela Salazar, detalhou, nesta quinta-feira (12/11), um nova técnica de mapeamento de florestas. Trata-se de uma tecnologia que é precursora no Brasil e visa analisar de modo sincrônico o perfil dos genes ativos presentes na celulose, fator decisivo da matéria-prima, a base molecular e que apresenta particularidades do DNA da árvore.

Segundo Marcela Salazar, a nova ferramenta veio dos Estados Unidos e ainda está sendo implantada no Brasil, consistindo em amostras que serão submetidas à análise em centros de pesquisa ou laboratórios e o resultado levará em conta fatores como clima, solo e produtividade. “O mapeamento avalia a qualidade da madeira, em vista disso, o investimento em pesquisa e a utilização da tecnologia para analisar a matéria prima garantem a competitividade para o produtor de eucalipto”, explicou ela, acrescentando que a implantação da nova técnica custa em média R$ 150 mil.

A técnica do ISI Biomassa ressalta que são mais de 700 espécies distintas de eucaliptos e que distinguir as particularidades genéticas da madeira garante rendimentos, visto que o investimento é razoavelmente moderado. Ela reforça ainda que o custo baixo e outras caraterísticas como solo fértil e temperaturas amenas são fatores que privilegiam Mato Grosso do Sul na qualidade produto final do eucalipto. De acordo com o SIGA (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), um sistema desenvolvido pela Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), o Estado tem 760 mil hectares de área plantada com eucalipto.

O administrador rural Huang Jean Paul afirmou que a técnica garante ganhos, pois seleciona as melhores espécies de acordo com o clima, solo e região. “Isso que vai gerar uma alta produtividade e resistência às pragas”, disse. Já o engenheiro florestal Carlos Anastácio Júnior acredita que a discussão da temática gera perspectivas e oportunidade na cadeia produtiva da madeira. “A cultura do eucalipto está em pleno desenvolvimento e traz renda para produtor com oportunidade de negócios”, falou.