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Sidrolandia

Marina prevê ampliação do "colapso" nos aeroportos a partir de 2014

Para presidenciável do PV, Copa e Olimpíadas agravarão problema. Ela defendeu mais investimentos públicos em infra-estrutura.

G1

03 de Agosto de 2010 - 16:30

A candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva, previu nesta terça (3), em São Paulo, a ampliação dos problemas nos aeroportos a partir de 2014 devido às "dificuldades" do país em infra-estrutura.

"Temos um grave problema. Se considerarmos que vamos ter os Jogos Olímpicos de 2016 e se considerarmos a Copa de 2014, a tendência é que esse colapso possa aumentar", afirmou a candidata, ao comentar a crise nos aeroportos registrada desde sexta-feira em razão de atrasos e cancelamentos de voos.

Marina Silva participou de um encontro com dirigentes de bancos e entidades financeiras organizado pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Segundo a presidenciável, a infra-estrutura do país necessita de "um plano". "Não temos sequer um programa", criticou. "Estamos vivendo uma série de dificuldades na infra-estrutura, desde o setor elétrico aos aeroportos", declarou.

Para enfrentar o problema, ela defendeu o estabelecimento de um marco regulatório e a ampliação do investimento público no setor. "Nós trabalhamos com a ideia que se tenha um plano, e que o plano possa tangenciar para os programas e não ficar apenas na gerência das demandas que vão aparecendo", disse Marina. "É importante que tenhamos esse gerenciamento? É importante. Antes, nós sequer tínhamos o gerenciamento das obras que vinham sendo demandadas. Mas temos a clareza de que isso não é suficiente."

Diplomacia
A senadora comentou os últimos movimentos diplomáticos entre Brasil e Irã. Ela elogiou os avanços brasileiros no cenário internacional, citando a liderança brasileira no G20 e em outras regiões, mas disse que as relações com o Irã causaram "estranhamento".

"Essa oferta de asilo (para adúltera que pode ser apedrajada) talvez seja uma tentativa de reposicionar a atitude do Brasil frente a necessária afirmação da defesa dos direitos humanos como um valor inegociável para nós", disse.

Doações
Marina e seu candidato a vice-presidente, o empresário Guilherme Leal, destacaram que os R$ 4,65 milhões arrecadados para a campanha são secundários diante da importância da militância. Nesta terça-feira, termina o prazo para que as candidaturas façam a primeira prestação de contas parcais da campanha.

"Esse valor ainda não é representativo, como a senadora falou, mais importante é a mobilização do capital humano que está sendo investido. A mobilização dos militantes é nosso capital mais significativo", disse Guilherme Leal.