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Sidrolandia

Ministério Público de MS denuncia PRF por matar empresário no trânsito

Adriano Correa foi morto a tiros no dia 31 de dezembro, em Campo Grande. Policial é acusado ainda de 2 tentativas de homicídio, segundo denúncia.

G1 MS

23 de Janeiro de 2017 - 16:27

O promotor de Justiça Eduardo Rizkallah entregou denúncia nesta segunda-feira (23) contra o policial rodoviário federal Ricardo Su Moon no Tribunal do Júri. Ele é acusado de matar o empresário Adriano Correia do Nascimento, no dia 31 de dezembro.

Na denúncia, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS) responsabiliza o policial pela morte do empresário e por tentativa de homicídio contra o adolescente, ferido com dois tiros, e do amigo de Adriano, que teve o braço fraturado.

O MP-MS também denuncia Ricardo Su Moon por ter praticado o crime por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa das vítimas. Se a denúncia for aceita pelo juiz, o policial vai ser julgado pelo Tribunal do Júri.

O promotor tambem pediu algumas providências, como a quebra do sigilo telefônico do suspeito. O advogado Renê Siufi, que defende o policial, disse que só depois de analisar o teor da denúncia é que vai estudar a estratégia de defesa. Ricardo Su Moon está preso preventivamente desde o dia 5 de janeiro na sede do Garras, na capital.

Fechada

Conforme a investigação, o policial rodoviário seguia pela avenida Ernesto Geisel e quando passava pela rua Pimenta Bueno foi fechado pela caminhonete dirigida pelo empresário  e ocupada por mais duas pessoas. Tanto as vítimas quanto o policial confirmam a fechada.

Na versão das vítimas à Polícia Civil, o empresário fechou o carro do policial ao desviar de um buraco. No entanto, a investigação concluiu que não havia buraco na rua e nem vestígio de buraco que tenha sido tapado recentemente.

A delegada afirmou que não ficou comprovado que houve perseguição do policial ao veículo das vítimas, mas os depoimentos confirmaram que a abordagem ocorreu no cruzamento com a rua 26 de agosto, no semáforo. A principal divergência é sobre os momentos que antecederam os disparos.

Investigação

O inquérito foi concluído com 531 páginas e encaminhado ao Poder Judiciário, respeitando prazo estabelecido quando o réu está preso. Os delegados plantonistas Enilton Zalla Pires, que atendeu o local do crime no dia 31 de dezembro, e João Eduardo Davanço, que fez o flagrante, participaram das investigações, concluídas pela delegada Daniela Kades, da 1ª DP.

Segundo a delegada, 20 pessoas foram ouvidas e 15 consideradas testemunhas. O policial permanece preso à disposição da Justiça e a Polícia Civil aguarda ainda laudos que não ficaram prontos e que serão anexados a um inquérito complementar.