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Sidrolandia

"Não dá para se viver como escritor. Por isso é que o chamam de “imortal

Com os pés no chão, superando dificuldades, escreva nas nuvens para que todos vejam as suas mensagens, diz o escritor Brígido Ibanhes

Dourados Agora

16 de Agosto de 2012 - 14:31

Nesta entrevista, Brígido Ibanhes conta um pouco sobre os livros que escreveu. Ainda fala das polêmicas que envolveram a (sua) trajetória dele enquanto escritor. Sofreu, por exemplo, diversas ameaças. Mesmo assim, não se intimidou. Diante das dificuldades, persistiu na tarefa de transmitir conhecimentos e informações à sociedade por meio da escrita. Segundo ele, 'não dá para se viver como escritor. Por isso é que o chamam de “imortal”.

Nascido no país vizinho, o Paraguai, o escritor desde criança “atravessou ao outro lado do rio” e tem contribuído assim sensivelmente para elevar o Mato Grosso do Sul nas letras.

A escritora Ana Maria Machado diz: “Acho que um livro começa muito antes da hora em que a gente senta para escrever. É um jeito de prestar atenção no mundo, em todas as coisas, nas pessoas, e ficar pensando sobre tudo…”. A frase aplica-se perfeitamente à obra “Silvino Jacques, o Último dos Bandoleiros”, de Brígido Ibanhes. Quem não leu o livro, desconhece talvez as mais belas páginas da literatura sul-mato-grossense.

Acontecimentos lembrados não têm limites e o escritor mistura “saberes fronteiriços” que nos levam a um passado e presente mágicos...

Veja a entrevista.

Quando e onde nasceu?

Nasci em 8 de outubro de 1947. Na cidade chamada Bella Vista Norte, no Paraguai. Na Rua Jatayty-Corá, próxima da igreja Nuestra Señora Auxiliadora. Naquela época, a cidade era um simples povoado: casas de taipa com cobertura de sapé, escondidas no meio de arvoredos e boa parte cercada ainda pela mata virgem cortada por trilheiros, ou picadas, como eram também conhecidas as estradinhas estreitas por onde passavam as pessoas e as carretas.

Em julho daquele ano, o ilustre escritor mineiro,“troca letras” e letrado, Guimarães Rosa, esteve em visita àquela cidade, para se inteirar a respeito da revolução no Paraguai. Conforme escritos (em: “Ficção Completa”, página 936 –crônica publicada no “Correio da Manhã”, em 17 de agosto de 1947) ele perambulou pela quadra da casa dos meus pais.

Minha mãe contava que, num entardecer, entrou no bolicho, que ficava ao rés da rua, um senhor muito bem vestido (com camisa de Paris, dizia ela) e que, vendo a mulher, com aquele barrigão e com dificuldades com a máquina de costura, pediu licença para dar uma olhada e logo consertou o defeito; ela nunca mais se esqueceu do cavalheiro elegante.

Nasci dois meses depois, durante a Revolução de 47. Era um momento em que dois grupos rivais se tiroteavam no meio da rua, por conta de umas reses que se encontravam na rua. O gado era mercadoria preciosa, pois representava o suprimento das tropas.

Minha mãe estava entrando em trabalho de parto. A parteira e as demais pessoas escutaram os tiros ali perto e as pessoas fugiram para os fundos do quintal e se esconderam no meio do bananal. Quando retornaram, eu havia nascido, mas ainda não chorara. A parteira cortou o cordão umbilical, e me suspendeu pelas pernas. Nesse momento, minha irmã Josefina, que até então fora a caçula, me acertou com uma goiaba verde que tinha na mão. Abri o berreiro, todos ficaram contentes. Menos a minha irmã: ela via o sorriso de encostar-se às orelhas que meu pai dava. Pois ele queria muito um filho. Até então tiveram duas meninas. Portanto, cheguei ao mundo em um momento delicado, e já sofrendo atentado. As situações de confrontos e perigos me acompanhariam para o resto da vida.

Recordações da infância mais marcantes...

A lembrança mais antiga que tenho da minha tenra infância foi a de estar em uma rede, na sombra de árvores, enquanto ouvia o barulho das águas do Rio Apa. Olhei e vi os reflexos dos raios do sol na água limpa e transparente. Conforme a minha mãe, a saudosa dona Affonsa, eu tinha nove meses e ela teria ido lavar roupas no rio, como era costume na época. Não sei o porquê: acredito que, quando me despedir deste mundo, o mesmo brilho do sol na água será a última lembrança também.

Agora, a lembrança mais importante: aos cinco anos, meus pais me chamaram e me deram a notícia de que, no dia seguinte, ia estudar no Colégio San José. Fiquei tão contente que pulei na cama com dois lápis na mão direita; um dos lápis era daqueles que escrevem de roxo quando umedecido; a ponta dele penetrou na palma da minha mão onde se encontra até o dia de hoje. Prenúncio, talvez, da minha vocação para a escrita...

Outra lembrança indelével da minha infância: a morte do boiadeiro Luiz; estória que relato nos títulos iniciais do livro “Chão do Apa”.

Autores preferidos?

Aprecio Danielle Steel, Richard Bach, José Saramago, Michael Lillis, Erich Von Däniken, entre outros. Foi no seminário que me afeiçoei à música clássica e devorei os best-sellers da literatura mundial. Sob os acordes do Danúbio Azul, sinfonias de Beethoven e Bach, comecei por A. J. Cronin; naveguei com Camões pelos “Lusíadas” duas vezes e fui bater nos poemas de Rudyard Kipling, ensinando a ser homem. Isso sem falar na profundidade teológica e filosófica dos “Os Sermões” do Padre Antônio Vieira, de sonhar com os personagens românticos de José de Alencar e me deliciar com “Espumas Flutuantes”, de Castro Alves, “Dom Casmurro”, de Machado de Assis e “Urupês”, de Monteiro Lobato.

Quando se deu conta de escrever como um escritor?

Em 1960 ganhei um concurso de poesia no Seminário do SS Redentor, em Ponta Grossa (PR), com o poema “Noite Cigana”: o prêmio foi uma caneta Parker 51, a chique da época. Naquela época escrevi também uma peça de teatro, que o professor de artes classificou como bom para um principiante. Esses trabalhos literários já sinalizavam meu pendor para as letras.

Anos mais tarde, após cruzar o Brasil de ponta a ponta, isto é, de conhecer variadas culturas, que, ao preparar o livro sobre a vida e façanhas do bandoleiro Silvino Jacques, tive a certeza de que a literatura era meu anseio artístico.

Algo interessante: na juventude, quando retornei a Bela Vista (depois de sair do Seminário), preparei alguns artigos sobre temas diversos. O “Jornal da Praça”, muito antigo em Ponta Porã (MS) os publicou sob o pseudônimo de Thor Heyerdahl, homenagem ao ilustre pesquisador e escritor que dedicou a vida à pesquisa científica na Ilha da Páscoa.

Quais livros escreveu e publicou?

“Silvino Jacques, o Último dos Bandoleiros”(1986). A história do gaúcho, churrasqueador e mulherengo, afilhado de Getúlio Vargas. No antigo Mato Grosso, foi Capitão revolucionário, depois bandoleiro. Bom de pontaria e exímio cavaleiro, teve a missão de perseguir os paraguaios. Envolvido na morte de Manoelito Coelho, acabou liquidado (após anos ferrenha perseguição, pelo Delegado de captura, Orcírio dos Santos).

“Che Ru – O Pequeno Brasiguaio” (1989). Contos da infância na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, em homenagem ao meu pai (“che ru”, em guarani). Na época, tinha a pretensão de ser a primeira obra literária com o objetivo de comungar dos objetivos do Mercosul. Ao final do texto, há uma breve gramática do guarani: um vocabulário das palavras do cotidiano, para que o brasileiro interessado tomar um mínimo de conhecimento dessa língua tão onomatopaica e bonita.

“A Morada do Arco-Íris – O Maior Tesouro das Américas” (1993). Baseado na escrita de um antigo pergaminho jesuítico, descobrimos na região de Volta Grande, município de Caxambu do Sul (SC), uma cidadela toda construída em pedras lavradas. Depois de anos de pesquisas, em que passamos todo tipo de tribulação e presenciamos fenômenos muito estranhos, restou uma descoberta inédita, que tem despertado o interesse de muitos pesquisadores e de Universidades. A história começa em Mato Grosso do Sul (MS) e depois segue ao Oeste catarinense.

“Kyvy Mirim – A Lenda do Pé de Tarumã e do Pombero” (1997). Sempre quis produzir uma obra que valorizasse a Mitologia Guarani. Esta obra revela todo o universo mítico dessa etnia que, além de representar a maior comunidade étnica indígena do Brasil, tem como referência uma língua (o guarani) que foi falada no Brasil (Língua Geral) durante séculos, até que o Marques de Pombal a proibiu. A lenda do pé de tarumã traz uma forte mensagem ecológica de preservação não só das matas, mas do povo da floresta. Kyvy Mirim (“O Caçula”, em guarani, e que deu origem à palavra curumim) foi lançado na I Feira Interamericana do Livro, em Curitiba (PR), depois em São Paulo (SP), na Livraria Horus. O livro infelizmente se esgotou antes que eu pudesse fazer o lançamento dele em nosso Estado.

“Ética na Política – Entre o Sonho e A Realidade” (2001). As experiências vividas na coordenação do Movimento de Moralização e Ética no Trato da Coisa Pública (METRA) inspiraram esta obra. Foi lançada em praça pública, onde o povo está. A mensagem de conscientização política traduz que, quem realmente deve ter o poder neste País, é o povo. Em 1991 (quando foi fundado o Movimento) ninguém falava em combater a corrupção política. Pois, como resquício da ditadura, as pessoas ainda tinham medo desse assunto. Hoje virou febre e objetivo de marketing até das emissoras de tevê. Até onde sei, o METRA foi a primeira entidade legalizada, no Brasil, e quiçás no mundo, com tal finalidade. A fundação dela me custou a carreira no Banco do Brasil.

“Martí, sem a luz do teu olhar” (2007). Meu primeiro trabalho como romancista. Quando em maio de 2006 sofri o atentado (que me deixou de cama por quatro meses), resolvi preparar esta obra que há muito vinha ensejando sua trama. Dois meses após o lançamento no Shopping Avenida, a apresentadora global, Ana Maria Braga, solicitou uma resenha do livro e a colocou no endereço virtual dela. Na obra, abordo as questões sociais, tantos das periferias como da burguesia. Dou enfoque especial ao transtorno mental que acomete tantas mulheres após o parto. Faço um retrato de Dourados e parte de Campo Grande, e registro localidades e pessoas que mereceram destaque.

“Chão do Apa –Contos e Memórias da Fronteira” (2010). A fronteira como minha pátria e lugar lúdico da infância. Chão do Apa abrange o território paraguaio e o brasileiro, em uma sintonia, muitas vezes, a que só o fronteiriço é capaz de se adaptar. Tradições, linguajar, tudo reforça para que essa região seja singular, e que se perceba que a fronteira delimitada pelo rio está apenas nos mapas: a divisão geográfica não existe em nosso sangue, muito menos em nossas emoções. Quem não gosta da sopa paraguaia e de arrastar o pé ao som da música “Mercedita”? Uma homenagem, a que jamais eu poderia me furtar, ao meu torrão natal. Por meio de contos e estórias de antigamente, revelo toda a força da cultura desse país chamado Fronteira.

Algum desses livros considera o principal?

Quando em 1986 lancei a primeira edição de “Silvino Jacques, o Último dos Bandoleiros”, eu sabia que a história era polêmica. Por isso, fiz um resumo da história sem entrar em muitos detalhes. Mesmo assim, tive muita dor de cabeça. Fui ameaçado de morte e perseguido; tive que me transferir para o Nordeste, e o livro foi apreendido pela Justiça. Em 1992, a obra foi liberada.

Com a liberação do livro pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), soltei a 2ª edição. Desta vez já com mais detalhes que havia pesquisado, sem mudar a essência da história. Até porque os fatos são únicos, não podem ter duas versões. E, nesse ponto, tomei muito cuidado. Inclusive, no depoimento no processo, o juiz perguntou ao Prudente D’Ornellas se os fatos, que constavam no livro, eram verdadeiros. Ele afirmou que sim. Perguntou-me também o porquê do nome “bandoleiro” que havia lhe dado. Respondi que não fora eu que havia lhe imputado tal cognome, mas o Comandante do 10° RC em carta enviada, em 1936, ao Destacamento de Porteiras. Nesta, o Comandante pedia notícias do “bandoleiro Silvino Jacques”.

A 3ª edição da obra foi feita pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), e teve poucas alterações. Hoje a 5ªedição está quase esgotada. Trabalho agora a 6ª edição, na qual pretendo revelar um Silvino Jacques também poeta e escritor.

Quanto tempo levou para escrevê-lo? Onde o lançou primeiramente?

Meu primeiro livro, “Silvino Jacques, o Último dos Bandoleiros” lancei em uma noite gelada de 30 de maio, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em Sidrolândia (MS). Para lançá-lo, como já disse, sofri ameaças de morte e perseguição, inclusive do gerente do Banco do Brasil onde eu trabalhava que, como ele dizia, “comia churrasquinho e tomava uísque” com os pistoleiros que me ameaçaram na casa do Professor Antônio Lopes Lins, prefaciador da obra.

A pressão foi forte. Como sou “nuncativiano”, não surtiu muito efeito. Depois que o livro foi liberado pela Justiça, algumas dessas pessoas (contrárias à publicação), leram-no e viram que era pura história. Muitas depois entraram em contato comigo e manifestavam o agrado.

Em novembro de 1992, fui adotado pelo Pen Club Internacional – a maior e mais importante organização mundial de escritores que se empenha em defender a liberdade de expressão – no 58° Congresso Internacional dos Escritores, no Rio de Janeiro: subi pelo tapete vermelho da escadaria de mármore do Hotel Copacabana Palace, para a cerimônia de adoção. Daí em diante, senti que as pressões diminuíram muito.

O processo de pesquisa durou por volta de 14 anos. Era muito rudimentar. Hoje, temos filmadora e outros apetrechos. Naquela época, final de 70 e começo de 80, eu mal tinha um gravador. E com ele fui à luta. Muitas vezes as pessoas se negavam a conversar comigo no primeiro contato: ainda tinham muito medo e se esquivavam de dar qualquer contribuição. Precisei convencer muita gente da importância histórica dos fatos, para, finalmente, conseguir a entrevista. Muitas choravam ao lembrar fatos tão marcantes, como morte de entes queridos.

Falei com muitas pessoas que estão, em parte, listadas nas primeiras edições do livro. Mantenho gravações feitas com os mais importantes personagens dessa história, inclusive com o Delegado Orcírio dos Santos, que acabou por liquidar com o bandoleiro em um confronto “mano a mano”,como se diz.

Só não pude entrevistar o próprio Silvino, por razões óbvias: estava morto. Mesmo assim, consegui o depoimento de Elódia Charão, uma das mulheres dele. Também o do Guedes, irmão da outra mulher do bandoleiro, a Raída. Ela o acompanhou nos últimos anos e momentos de vida.

Além da pesquisa oral, efetuei a pesquisa documental. Para tanto, consegui permissão do Comandante do 10° RC, onde servi em 1966. Tive acesso a documentos sigilosos sobre a Revolução de 32 e me foram fornecidas cópias de correspondência oficiais que tratavam do “bandoleiro Silvino Jacques”.

A repercussão do livro...

Por contar essa história polêmica envolvendo o afilhado do Getúlio Vargas, grupo político e ruralista, entre alguns familiares, decidiram me pressionar para não fazer o lançamento. Na véspera, na casa do saudoso Professor Antônio Lopes Lins, Presidente da Academia Sul-Mato-Grossense, dois pistoleiros, passando-se por meus amigos, me cercaram. Tentaram me intimidar, dizendo que iam acabar o evento à bala. Respondi que os convites estavam entregues, não podia voltar atrás.

No outro dia cedo, o juiz da Comarca de Sidrolândia, Dr. Luiz Carlos Saldanha Rodrigues, tomou conhecimento das ameaças. Como foi mantido o lançamento, mandou uma patrulha permanecer de maneira ostensiva no local, a AABB.

O povo ia chegando e, quando via os policiais, pensava que faziam parte de alguma figuração. Não falei nada. Porque senão não ficava um para contar a história. Durante o evento, alguém ligou e perguntou se estava acontecendo um lançamento de livro; o zelador da AABB (que nada sabia) disse que sim. Mas, conseguimos concluir o evento sem maiores dissabores.

Em poucas semanas, o livro foi considerado, pela revista “Veja”, o livro mais vendido em Campo Grande. Mas, logo também foi apreendido por conta de uma liminar que partiu do mesmo juiz. Então, começamos uma pendenga judicial que, seis anos depois, terminou com a vitória da liberdade de expressão no Tribunal de Justiça, e assim essa história do bandoleiro Silvino, uma das mais fascinantes do antigo Mato Grosso, se integra à própria memória do nosso Estado e da região Centro-Oeste.

Como é ser escritor no MS? As dificuldades encontradas...

Não dá para se viver como escritor. Por isso é que o chamam de “imortal”. Pois consegue sobreviver com tão pouco. Infelizmente a cultura, neste Estado, não é valorizada: faz parte da pontinha do rabo do boi...

Mas, está mudando aos poucos, com o incentivo à leitura e ao fomento da literatura regional. Sempre digo que comecei minha carreira como escritor em 1986 carregando sacolinha com livros. Hoje ainda continuo carregando sacola. A sacola é maior, o peso aumentou, e a minha força míngua a cada ano. Faço parte de alguns desbravadores das letras...

Eu perpasso por toda a cadeia criativa, produtiva e de mercado no preparo, impressão e distribuição dos meus livros. Inclusive, faço a cobrança. Como contabilista, acabo por fazer o lançamento do prejuízo na devida rubrica. Nem a “imortalidade” justifica tamanho esforço. Aliás, imortalidade com pouco dinheiro é chato à beça.

Onde vive atualmente? Como é possível comprar os teus livros?

Depois de uma volta grande pelos Estados de Minas e Pernambuco, me radiquei em Dourados há mais de vinte anos. Gosto desta cidade, bem arborizada, com casas cheias de plantas, uma classe média bem estruturada, e que começa a melhorar as periferias. Topografia plaina, sem grotões ou morros que ameacem as residências. A proximidade da reserva indígena me incumbe de lutar pela melhoria da vida dessas pessoas, principalmente com a valorização da cultura deles.

Os livros podem ser adquiridos nas principais livrarias e bancas do MS. Atendo também a muitos pedidos enviados ao meu blog: www.brigidoibanhes.blogspot.com

A escrita e a leitura em nossa sociedade...

O interesse pela escrita tem evoluído, principalmente nos últimos anos. Escritores surgem todos os dias, de todos os estilos e cores. Porém, estamos muito longe ainda da possibilidade de que cada um tenha o apoio para escrever a sua própria história. Vamos chegar lá um dia.

Quanto à leitura, há uma frente na sociedade que está investindo esforços para incentivar principalmente os jovens a lerem. Nesse ponto, posso incluir a Academia Douradense de Letras (ADL) que, de maneira inédita e ousada, está fundando a ADL-Jovem, com a missão de formar grupos de leitura, estabelecer bibliotecas comunitárias e editar livros infanto-juvenis.

Qual mensagem deixa para quem deseja ser escritor?

Meu primeiro sonho, quando criança, era ser piloto de avião: queria voar. Depois descobri que poderia voar mais alto. Isto é, buscar a Deus; tornei-me seminarista. No entanto, quando comecei a conhecer a Deus no livro dos livros – a “Bíblia” – percebi que a minha vocação era a de escritor: queria voar por meio das letras. Aterrizei, então, com o meu sonho e, com os pés no chão, abracei esta vocação: o sacerdócio de, na escrita, acompanhar e participar da evolução do ser humano.

Portanto, a minha mensagem a quem deseja se tornar escritor é: Com os pés no chão, superando dificuldades, escreva nas nuvens para que todos vejam as suas mensagens.