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Sidrolandia

OAB/MS recebe denúncia contra Hospital Universiário

Há dois anos, a filha de Ana, de 19 anos (hoje), quase morreu ao ser atendida no hospital

OAB/MS

06 de Julho de 2012 - 16:29

Ana Maria Pereira de Lima, 50 anos, buscou apoio da OAB/MS para conseguir exclarecimentos do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (HU/UFMS). Há dois anos, a filha de Ana, de 19 anos (hoje), quase morreu ao ser atendida no hospital e, desde então, ela busca um posicionamento da direção do HU sobre o caso.

Segundo Ana, que também é acadêmica do 4ª ano de Direito, no dia 29 de outubro de 2010, a filha, identificada apenas como A. C. P., na época com 17 anos e grávida, foi atendida no HU, sentindo fortes dores e com sangramento. Ela foi liberada pelo médico plantonista, que recomendou o uso de dipirona (remédio para dor). O problema é que o feto de A. C. P. estava em óbito há pelo menos três semanas.

"Estranhei a posição do médico do HU, e vim de Paranaíba, onde moro, para Campo Grande. Levamos minha filha em um médico particular, que realizou os exames nela e viu que o bebê estava morto. Minha filha quase morreu de infecção por não ter sido atendida direito no HU, e acabou muito traumatizada com esse processo", relatou Ana Maria.

Devido ao atendimento no HU/UFMS, a filha de Ana Maria enfrentou, além da infecção, perda de 6 kg, e o trauma proveniente do descaso do médico. Ela, inclusive, passou por acompanhamento psicológico.

Desde o fim de 2010, após a filha ficar com a saúde boa, Ana Maria tenta conseguir um posicionamento do HU/UFMS, para entender os procedimentos tomados com sua filha no momento do atendimento, e, se existe alguma explicação para ela ter sido liberada sem o devido tratamento. Até o momento, segundo Ana Maria, a direção do hospital não se posicionou sobre a temática.

Ana Maria, com diversos documentos em mãos, buscou apoio da OAB/MS para conseguir explicações do HU/UFMS. A denúncia foi protocolada na quinta-feira (5), e deve ser encaminhada à Comissão de Direitos Humanos e Comissão de Direito à Saúde da Seccional.