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Sidrolandia

Pistoleiros executam suboficial da Polícia Nacional

A vítima estava em uma motocicleta quando foi atropelada no sábado à noite nas imediações do Estádio do Clube 2 de Maio, em Pedro Juan Caballero.

Correio do Estado

17 de Agosto de 2010 - 07:25

O suboficial da Polícia Nacional do Paraguai, Cláudio Rojas, de 46 anos, morreu fuzilado ontem pela manhã no bairro San Blás, em Pedro Juan Caballero, na divisa com Ponta Porã. Ele foi alvejado por mais de 15 tiros e morreu dentro de uma caminhonete que utilizava placas clonadas. Até ontem à tarde a autoria e circunstâncias do crime não tinham sido esclarecidas pelas autoridades paraguaias.

Conforme as informações policiais, por volta das 10h20min., o suboficial Cláudio Rojas, passava pelo bairro San Blás, momento que foi interceptado pelos pistoleiros que ocupavam uma motocicleta. Depois de emparelhar com a caminhonete usada Toyota com placas AUL-202, que era conduzida pela vítima, o homem que estava na garupa disparou rajadas de tiros provavelmente de submetralhadora ou pistola automática calibre 9 milímetros.

Ato contínuo, os pistoleiros fugiram e não foram reconhecidos por testemunhas porque estavam com os rostos cobertos por capacetes. Populares acionaram o socorro, mas o suboficial em virtude dos tiros que atingiram a sua cabeça não resistiu e morreu ao dar entrada em um hospital de Pedro Juan Caballero.

De acordo com uma fonte policial, a placa que estava na caminhonete de Cláudio Rojas é clonada, já que a inscrição AUL-202 pertence a uma outra caminhonete de um cidadão descendente de japonês, que atende pelo nome de Koichi Onovera Otsuka. Rojas estava lotado na Brigada de Investigações da Polícia Nacional, situada no município de Yby Yaú.

Mais execução

A execução de Cláudio Rojas foi a segunda feita por pistoleiros em pouco mais de 24 horas na região de fronteira. No domingo, os policiais localizaram enterrado o corpo de Máximo Alen, de 35 anos. A vítima estava em uma motocicleta quando foi atropelada no sábado à noite nas imediações do Estádio do Clube 2 de Maio, em Pedro Juan Caballero.

Populares acharam que os ocupantes do veículo que provocou o atropelamento estavam prestando socorro a Rojas. Na manhã de domingo um garoto ao passar por uma estrada vicinal da colônia Santa Maria, no distrito de Sanga Puitã, na divisa com Ponta Porã, percebeu um corpo enterrado com parte do braço e mão para fora da terra.

Imediatamente a Polícia Nacional foi acionada e ao chegar no local, desenterrou e identificou a vítima como Máximo Alen. O crime, segundo os investigadores, está relacionado a acerto de contas entre quadrilhas de traficantes de drogas que agem na fronteira do Brasil com o Paraguai.