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Sidrolandia

Prefeito afastado vê decisão judicial como ‘cruel e absurda

Midiamax

18 de Abril de 2011 - 14:20

O prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman, do PMDB, afastado na quinta-feira passada, disse há pouco, por telefone, que a decisão judicial que o denuncia por improbidade judicial foi “uma crueldade e é absurda”.

A medida afasta-o do cargo por 180 dias. O Ministério Público Estadual acusa o prefeito por suposta ligação com um esquema de desvio de dinheiro por meio de uma agência publicidade.

“Até agora só me acusaram, não tive chance de defesa. Fizeram a acusação e logo me condenaram”, reclamou o prefeito, que está em Campo Grande

Fauzi Suleiman entrou com recurso no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) na sexta-feira, um dia após seu afastamento. Ele disse acreditar que a corte deve examinar a questão ainda nesta segunda-feira.

“A imprensa soube da decisão judicial antes que eu. Tanto que a notificação que tratava do meu afastamento nem estava pronta e o caso já havia sido noticiado”, disse Suleiman.

O prefeito encaminhou à redação um comunicado em que afirma que ter sido vítima dos adversários políticos. Num trecho da nota, Fauzi diz que “...até aqui, fui acusado, julgado e condenado sem nunca ter podido me fazer ouvir”. Desde o início da manifestação do MPE acerca das denúncias, o Midiamax tem procurador o prefeito afastado (ver em notícias relacionadas, logo abaixo).

Aqui, o comunicado de Fauzi Suleiman:

"Meu advogado interpôs no início da noite de sexta-feira, junto ao Tribunal de Justiça-MS, um recurso contra a liminar que me afastou do cargo de prefeito de Aquidauana. É a primeira oportunidade que tive de apresentar uma defesa, desde que esta onda de denuncismo se levantou contra mim provocada por meus adversários políticos a partir de uma trama criminosa envolvendo gravações ilegais e promessa de dinheiro para que pessoas próximas a mim me prejudicassem.

Fizeram-me graves acusações sem ter nenhuma prova do que dizem. Várias destas denúncias já se desmancharam antes até de serem julgadas. As demais serão também desmontadas. Nada devo nada temo. Abri meu sigilo bancário, fiscal, telefônico e, ainda, coloquei à disposição da Justiça todas as informações que porventura ela venha querer.

Mas, até aqui, fui acusado, julgado e condenado sem nunca ter podido me fazer ouvir. E apesar da situação absurda que estou vivendo. Apesar de minha alma sangrando pelas calúnias e pela injustiça que, temporariaramente, estou sendo vítima, acredito na Justiça. Sei que cedo ou tarde ela se fará.

A autoridade a quem caberá julgar o recurso terá todo o final de semana para fazer um julgamento isento das paixões e até segunda, acredito que tenhamos uma decisão.

A meus amigos, a meus companheiros, a meus irmãos de fé e caminhada peço: confiança na Justiça, fé em Deus e serenidade até lá. É a Lei de Deus que a luz domine as trevas, sem ruído, nem violência. Nós não precisamos destes argumentos ou comportamentos. A verdade triunfará e ela nos fará, como já está fazendo, ainda mais fortes.

Agradeço às centenas de mensagens de carinho e conforto que eu, minha esposa Selma, meus filhos, minha mãe, meus irmãos recebemos ao longo destes dias. Elas tem sido muito importantes, nos fortalecendo e nos alimentando espiritualmente neste momento tão difícil de nossas vidas.

E entre todas as mensagens recebidas, uma delas, enviada pela querida amiga Dra. Elaine Ravaglia traduz com muita força o momento que estamos vivendo: Deus só permite o mal à medida em que pode transformá-lo em bem. Creio muito nisto: Deus é Deus da Verdade e da Justiça. Ele sabe o que existe em meu coração e sabe muito bem o que existe no coração de nossos caluniadores. A Justiça será feita".