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Sidrolandia

Queima da cana será extinta a partir de 2016 no Estado

A cana-de-açúcar ocupa 1,2% do território de Mato Grosso do Sul. A mecanização da colheita chega a 70% do total produzido e continua avançando.

Assessoria de imprensa do evento

16 de Agosto de 2010 - 16:00

A queima da cana, prática muito comum nos campos de Mato Grosso do Sul, deverá ser extinta a partir de 2016. A determinação consta da Lei estadual 2016 e deverá ser cumprida à risca pelos produtores de cana sul-mato-grossenses.

A afirmação foi feita hoje pelo presidente da Associação dos Produtores de Bioenegia do MS, Biosul, Roberto Hollanda Filho, durante palestra no Congresso de Tecnologia na Cadeia Produtiva da Cana-de-açúcar em MS – Canasul 2010, que acontece até amanhã, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.

O processo foi abordado pelo presidente da Biosul, que destacou que a mudança será feita com a adoção de tecnificação da poda sem que exista prejuízos a cadeia e a sociedade. As máquinas ainda exigem um alto investimento e os trabalhadores precisam se qualificar para operar os equipamentos.

O investimento em qualificação da mão-de-obra já está sendo feito em Mato Grosso do Sul. O objetivo é realizar três mil cursos até o fim desse ano. O Senai já teria investidoi mais de R$ 5 milhões somente em cursos para o setor.

Criar postos de empregos fixos também é uma preocupação do setor. "Quando 100 pessoas perdem o emprego em uma usina de cana, gera-se outros 30. Contudo, esses são empregos fixos e com um salário melhor, diferente dos outros que clandestinos", esclarece Hollanda. 

Menos poluente

Ele destacou a importância do etanol – combustível produzido a partir da cana-de-açúcar - para o Brasil e o mundo. "O etanol é um exemplo de sustentabilidade. O Brasil possui o maior programa de energia renovável do planeta", disse. Uma das vantagens do etanol é que ele emite até 89% menos CO2 na atmosfera quando comparado aos outros combustíveis e quanto a bioeletricidade produzida a partir do bagaço da cana é neutra nesse aspecto.

A cana-de-açúcar ocupa 1,2% do território de Mato Grosso do Sul. A mecanização da colheita chega a 70% do total produzido e continua avançando. Cerca de 26 mil empregos diretos são produzidos – houve um aumento de 56% em quatro anos. A participação das mulheres também aumentou em um ambiente onde os homens eram a maioria.

        De acordo com Hollanda, Mato Grosso do Sul se tornará o quinto maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil a partir da safra 2010/2011. De 575 milhões de toneladas produzidas na safra 2006/2007, espera-se mais que o dobro para a próxima.