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Sidrolandia

Responsáveis por oficina aeronáutica respondem também por oferecer risco a voos

Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, os suspeitos respondem por colocar as aeronaves em risco ao instalar peças irregulares.

Correio do Estado

06 de Novembro de 2015 - 10:27

Empresas do Paraná e do Rio Grande do Sul terceirizavam serviços com a oficina aeronáutica TK Aviação, de Campo Grande, que cobrava preço inferior por atuar na clandestinidade, sem homologação junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Por esta razão, as empresas também devem ser investigadas pela Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) na Operação Ícaro, deflagrada na semana passada. 

Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, os suspeitos respondem por colocar as aeronaves em risco ao instalar peças irregulares. Com base no Artigo 216 da Lei 2.848 de 07 de Setembro de 1940, as penas podem variar de multa à reclusão de seis meses a dois anos. 

Medina explica que em Mato Grosso do Sul, quatro pessoas estão na mira das investigações, entre elas, os três sócios que mantinham a TK Aviação na Rua Spipe Calarge, nas imediações do Rádio Clube Campo, e o funcionário deles.

 “Não há necessidade nem de alguma aeronave cair. O fato de (a TK) prestar serviço de manutenção sem homologação da Anac já se inclui nessa incidência. Os aviões que se valem desse serviço podem ser interditadas por conta deste risco, já que este tipo de serviço (não autorizado legalmente) é condenado”, explicou a delegada.

Aproximadamente dez aviões devem ser interditados para perícia por terem sido submetidos a manutenções na TK, afirma a delegada, lembrando que a empresa prestava serviço com portas fechadas desde 2014, porque não tinha autorização junto ao órgão competente. Além de atender clientes e aeroviários sul-mato-grossenses, terceirizava seus serviços para companhias do Paraná e do Rio Grande do Sul. Do galpão da oficina foram retiradas diversas peças sem registro. 

“As empresas homologadas serão investigadas no inquérito, porque terceirizavam esta oficina que, teoricamente, tinha preço mais barato, mesmo sabendo que ela não era credenciada pela Anac”.
Operação Ícaro.