Sidrolandia
Revelada identidade do atirador que matou Bin Laden
ONeill, de 38 anos, é um dos principais nomes do Seal Team Six, grupo de elite das Forças Armadas americanas
Midiamax
06 de Novembro de 2014 - 09:33
O militar americano que teria matado Osama bin Laden em maio de 2011 teve a identidade revelada ontem. Robert ONeill tem uma entrevista agendada com o canal de TV Fox News para este mês, mas o jornal britânico Mail Online conversou com seu pai, Tom, que garantiu que seu filho deu os tiros que mataram o líder da al-Qaeda.
As pessoas temem que, com a entrevista, jihadistas do Estado Islâmico, tentem nos atingir. Digo a elas que pintarei um alvo bem grande na porta da minha casa e direi que venham , disse Tom.
ONeill, de 38 anos, é um dos principais nomes do Seal Team Six, grupo de elite das Forças Armadas americanas, e foi parabenizado por ter matado Bin Laden durante o ataque à fortaleza do terrorista, em Abbottabad, no Paquistão. Ele passou 16 anos entre os Seals, mas deixou a força após a missão. Sua decisão de falar é atribuída à perda de benefícios a que teria direito caso completasse 20 anos de serviço.
A decisão de quebrar o voto de silêncio dos Seals pode levá-lo ao banco dos réus. O chefe da unidade, Michael Magaraci, e o almirante Brian Losey afirmaram que buscarão medidas legais para proteger informações confidenciais que possam ser reveladas pelo ex-soldado.
O que ele poderia fazer depois de servir às Forças Armadas como serviu? Trabalhar no supermercado? Minha ex-mulher não deu à luz um covarde, disse Tom.
O militar cresceu em Butte, uma cidade de mineiros em Montana, onde caçava animais com o pai. Embora afirme que tenha entrado nas Forças Armadas para esquecer uma antiga namorada, seu pai dá uma outra versão para seu alistamento aos 19 anos.
Íamos caçar, e um amigo perguntou se poderíamos levar um membro dos Navy Seals conosco, conta Tom. Esperávamos alguém enorme e musculoso, mas quando Rob viu que era um sujeito normal, disse: Se ele pode ser um Seal, eu também posso.
ONeill foi enviado a quatro zonas de guerra diferentes no Iraque e no Afeganistão, e participou de mais de 400 operações de combate. Ele também participou do resgate da tripulação do Maersk Alabama, navio sequestrado por piratas somalis em 2009., e ajudou a salvar o soldado Marcus Luttrell, único sobrevivente de uma fracassada operação para capturar o líder do Talibã no Afeganistão.
Ele e Marcus ainda são amigos, e jantaram juntos outro dia, conta, com orgulho, o pai.
A decisão de quebrar o voto de silêncio pode levá-lo ao banco dos réus. O chefe dos Seals, Michael Magaraci, e o almirante Brian Losey afirmaram que buscarão medidas legais para proteger informações confidenciais que possam ser reveladas pelo soldado.
Eu apoio todas as decisões de Rob, conta Tom. O que ele poderia fazer depois de servir as Forças Armadas como serviu? Trabalhar no supermercado? Minha ex-mulher não deu à luz a um covarde. Não seremos dominados pelo medo.
Numa entrevista à revista Esquire, no ano passado, ONeill, indentificado apenas como o atirador, reclamava do tratamento dado aos veteranos das Forças Armadas, e se mostrava preocupado com a perda de serviços de saúde e benefícios de pensão que teria, ao deixar os Seals.
Para Tom ONeill, um grande motivo de orgulho é o fato de seu filho condecorado 52 vezes com os mais diferentes tipos de medalhas nunca ter recebido a medalha conhecida como Coração Púrpura, concedida àqueles que sofreram ferimentos ou morreram em missões de combate.
Em nenhuma das missões que participou ele deixou que companheiros passassem por riscos, diz o pai do soldado.