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Sidrolandia

Revoltado, cliente põe geladeira com alimento estragado na frente de loja

Campo Grande News

19 de Junho de 2012 - 07:12

Em plena região central, em frente a uma loja, uma geladeira na calçada guardava alimentos apodrecidos. Foi assim, de forma pouco convencional, que um consumidor de Campo Grande, insatisfeito, resolveu protestar na tarde desta segunda-feira (18). O motivo? A revolta em não ter o problema resolvido, depois que comprou o eletrodoméstico que até agora não funcionou corretamente.

“Se a loja não pode mandar assistência técnica, eu vou até eles”, resumiu o diretor de provas da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo), Jander Cláudio Tonon, de 42 anos, responsável pela “intervenção criativa”.

A insatisfação com a loja está estampada no rosto do cliente e no cartaz que ele colocou nas laterais do eletrodoméstico, que custou R$ 1.490,00 e foi pago à vista. “Móveis Romeira, estamos esperando a assistência de vocês”, diz um dos anúncios.

Jander Cláudio contou que o problema teve início a pouco mais de um mês, quando a Confederação comprou móveis novos. O investimento total, de quase R$ 5 mil, foi na mesma loja, o que aumenta a insatisfação.

Segundo o diretor da CBM, a geladeira – da marca Continental, Fros Free, com capacidade para 403 litros -, apresentou problemas no segundo dia de uso. O eletrodoméstico não gela.

O problema, de acordo com o diretor, afetou todos os 18 funcionários da empresa. E o prejuízo foi além. Os alimentos comprados para o mês e que estavam guardados na geladeira, apodreceram. “Perdi tudo o que eu comprei. R$ 500,00”, conta.

Jander afirma que procurou a assistência técnica e a loja por diversas vezes. Um técnico foi à empresa, consertou o equipamento, mas o problema persistiu. “Ele pediu para deixar ligada 24 horas, mas não adiantou”, disse.

Depois disso, conseguir dar um encaminhamento para a solução do caso virou uma batalha. O agendamento de técnico, segundo o consumidor, é praticamente impossível. Contato com a loja que vendeu o produto, nem se fala.

Sem resposta ou solução para o problema, o jeito que encontrou foi levar o equipamento estragado para a calçada da rua 14 de julho e deixá-lo bem em frente à loja. Situação que chamou a atenção de muita gente.

“Se eu pudesse pegar o dinheiro de volta eu pegava e comprava em outra loja que dá assistência e respeita o consumidor”, disse o responsável pelo setor financeiro da confederação, Ariel Fernandes Lima, de 30 anos, que hoje foi até a Romeira para uma negociação pacífica com a gerência.

O gerente da Móveis Romeira, Erico Anibal, de 38 anos, informou que a empresa “é a maior interessada em resolver o problema do cliente” e que o encaminhamento para a solução do caso está seguindo os trâmites legais estabelecidos pelo Código de Defesa do Consumidor. “Eles tem direitos e nós também”, disse.

Erico Anibal informou ainda que a direção da loja e a assistência técnica só teve conhecimento do problema há menos de uma semana, na quarta-feira (14), quando o cliente registrou a primeira ordem de serviço.

A visita do técnico, segundo o gerente, aconteceu no dia 15 de junho. Sobre a dificuldade de agendamento e em conseguir contato com a Móveis Romeira, Erico Anibal diz desconhecer a situação. “Telefone ele não conseguiu, mas conseguiu falar com a gente”, afirmou.