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Sidrolandia

Saúde de Ivinhema faz alerta sobre o combate ao caramujo

Os caramujos africanos, como são conhecidos, podem transmitir, por meio de vermes, doenças em humanos e alguns animais, devastar plantações, hortas e jardins

MS CIDADES

30 de Março de 2011 - 08:22

A Secretaria de Saúde de Ivinhema, preocupada com a saúde da população, está alertando os munícipes sobre como combater os caramujos. Os caramujos africanos, como são conhecidos, podem transmitir, por meio de vermes, doenças em humanos e alguns animais, devastar plantações, hortas e jardins.

Para evitar que esse mal aconteça, a equipe de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde de Ivinhema, destaca algumas medidas preventivas para que a população se conscientize e elimine esses animais e também os locais que podem se tornar criadouros deste molusco.

O caramujo chega medir até 15 centímetros e tem preferência por lugares úmidos. Portanto, em época de chuvas constantes a incidência do molusco é maior, principalmente nos terrenos baldios onde existem muitas sujeiras, matos, restos de madeiras e materiais de construção. A forma correta de combatê-lo é fazer a catação manual com luvas descartáveis ou sacos plásticos, e em seguida, a incineração (queima) dos caramujos e seus ovos. As conchas devem ser quebradas, pois servem de reservatórios para o mosquito da dengue.

O diretor de Vigilância Sanitária de Ivinhema Cláudio de Souza Cruz, juntamente com os Coordenadores de Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica e Controle de Vetores e Endemias, destaca que “para evitar o reaparecimento dos moluscos é preciso manter os quintais sempre limpos, sem mato e entulhos, que podem oferecer condições para abrigo desses animais. É importante destacar que os caramujos vivos não devem ser jogados em terrenos baldios, ruas, matas, restinga. Os caramujos podem transmitir doenças causadas por um verme, por meio do contato direto, da ingestão do molusco e também ao comer frutas e verduras contaminadas por eles”.

A doença causa sintomas como febre prolongada, vômito, dor abdominal e perfuração intestinal com hemorragia. Em caso de aparecimento destes sintomas é preciso procurar, imediatamente, o serviço de saúde mais próximo de sua casa.

Para combater o caramujo, promova a catação manual dos moluscos e seus ovos, com o auxilio de luvas descartáveis, pazinhas ou sacos plásticos. Existem três maneiras de eliminar os caramujos africanos:

Incineração

Coloque os caramujos e seus ovos em uma lata ou tambor metálico e queime-os utilizando álcool, querosene, gasolina ou óleo diesel. Faça a incineração com muito cuidado, para evitar acidentes.

Sal grosso

Os caramujos capturados devem ser colocados em um recipiente com água e sal para matá-los (6 colheres de sopa para cada litro de água). Em seguida quebre suas conchas antes de jogar no tambor de coleta. O uso de sal de cozinha refinado ou de sal grosso direto no quintal não deve ser praticado para evitar danos ao solo. Utilize-o apenas em barreiras eventuais.

Cloro

Coloque os caramujos em solução formada com uma parte de cloro para três de água e deixe-os submersos por 24 horas, antes de descarta-los no tambor de coleta, com as conchas quebradas.

Cuidados importantes

Não permita que crianças participem dos procedimentos de captura dos caramujos, pois elas colocam frequentemente as mãos na boca e podem se contaminar. As conchas dos caramujos mortos,  devem ser destruídas, para evitar o acumulo de água e a criação de larvas do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.

O combate aos caramujos deve ocorrer durante todo o ano, em função da grande capacidade de reprodução desses animais.

Cuidados com os alimentos

Após a lavagem dos alimentos, coloque-os em 1 litro de água, com uma colher de sopa de água sanitária por 15 a 30 minutos. Em seguida, lave bem com água potável. A infecção humana se dá ao ingerir as larvas dos vermes contidas no caramujo ou em frutas e legumes contaminados com o muco que ele libera quando se locomove.