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Sidrolandia

Saúde investiga dois casos de gripe suína em Campo Grande

Menina de 5 anos morreu no último dia 7 e garoto de dois anos está no isolamento da Santa Casa

Da redação

13 de Maio de 2011 - 08:52

Campo Grande pode ter registrado os dois primeiros casos da gripe suína (H1N1) neste ano. Uma menina de cinco anos morreu no último sábado (7) com sintomas da doença. Ela (P. F. F.) ficou internada cinco dias no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa.

A criança deu entrada no hospital dia 2 de maio com sintomas de infecção pulmonar. Em menos de uma semana seu estado de saúde se agravou e ela acabou morrendo de insuficiência respiratória. A outra vítima (S. C. C.),um menino de dois anos deu entrada no hospital (também no dia 2) com suspeita de pneumonia.

Hoje ele está internado no isolamento do CTI como medida preventiva para evitar o possível contágio de outras crianças. A confirmação ou não de gripe suína deve demorar pelo menos 90 dias, tempo necessário para o Instituto Adolfo Lutz (de São Paulo) apresentar o laudo da contraprova.

O Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar da Santa Casa encaminhou  as amostras de secreção para  o Lacen (Laboratório Central) remeter a São Paulo.  A coleta nas crianças foi feita por via oral e nasal.  Como o quadro de incidência da doença no País neste ano (ao contrário de 2010) está relativamente sob controle, aparentemente sem risco de uma epidemia, a expectativa é de que o Instituto Adolfo Lutz antecipe a apresentação do laudo conclusivo.

Segundo o pediatra José Augusto Nasser, que atende o menino internado no isolamento, os casos de pneumonia com evolução muito rápida sempre geram a suspeita de se tratar de H1N1. “Diante da suspeita de gripe H1N1, tratamos o menino com doses de Tamiflu. Ele chegou com os pulmões tomados de infecção”, revela.

 Segundo a mãe do menino, Adelaide Carmona, 38 anos, o primeiro sintoma da doença em S.S.S,  que os médicos suspeitam seja  gripe suína, foi à dificuldade de respirar. Em princípio ela atribuiu o problema “a uma carne esponjosa no nariz”. Diante do agravamento do seu quadro Adelaide levou o filho para Hospital Regional no dia 23 de março onde foi internado com suspeita de pneumonia e receberam alta 10 dias depois.

Um mês depois desta passagem pelo Regional a criança voltou a ter problemas respiratórios. Desta vez foi levado para Santa Casa onde ficou um dia na pediatria e diante do agravamento do seu estado foi para CTI. Após  quatro dias, como medida preventiva para evitar o contágio de outras crianças, o garoto foi levado para o isolamento.