Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 26 de Julho de 2024

Sidrolandia

Se Dilma vencer, Nelsinho poderá ser interlocutor com o Planalto

Michel Temer vem a Capital em busca de ampliar o apoio político para Dilma e fazê-la superar o tucano no Estado.

Midiamax

06 de Agosto de 2010 - 17:25

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), revelou hoje que num cenário em que o governador André Puccinelli (PMDB) e a petista Dilma Rousseff saiam vitoriosos das eleições, ele poderá ajudar na interlocução entre Estado e governo federal. Como se sabe, Nelsinho apoia a petista e Puccinelli pede votos para o tucano José Serra.

O prefeito, aliás, acredita que nem ele e nem Puccinelli passarão por dificuldades seja qual for o resultado da eleição presidencial. “Se a Dilma ganhar vou ajudar o André para não ficar ruim para ele. E se o Serra ganhar ele fará o mesmo por mim”, disse ao chegar no Centro de Convivência com o Idoso Vovó Ziza para almoço com autoridades e empresários após manhã de vistorias em obras públicas da Capital. />

Puccinelli que está no poder enfrenta seu principal adversário político, o ex-governador Zeca do PT. Pesquisa recente do Ibope apontou que apesar da liderança do atual governador há um terço do eleitorado que se diz indeciso na modalidade espontânea do levantamento, quando não são apresentados nomes dos candidatos. />

Questionado pela imprensa, o prefeito se recusou a confirmar que a estratégia tenha sido “jogada combinada” e tentou convencer aos jornalistas de que o quadro se compôs espontaneamente.

Conforme Nelsinho, Puccinelli não teve outra opção a não ser apoiar Serra. Se escolhesse a petista, provocaria a candidatura da senadora Marisa Serrano (PSDB) ao governo do Estado. “E aí poderia dar segundo turno”, avaliou.

Já Nelsinho reiterou ter escolhido Dilma como forma de gratidão pela atenção que Campo Grande tem recebido. “No meu lugar o que vocês fariam?”, questionou aos jornalistas.

Ainda no Centro de Convivência do Idoso o prefeito ressaltou que vai sim participar do ato político que o peemedebistas dilmistas farão em Campo Grande, no dia 13 de agosto, para receber o vice de Dilma, Michel Temer (PMDB). Ele não acredita que seu apoio a Dilma favoreça o adversário de Puccinelli, Zeca do PT. “Não favorece não. Eu apenas não tive como ser contra a um governo que me ajuda”, respondeu. />

Hoje, o PMDB, em Mato Grosso do Sul, é um partido dividido entre Dilma e Serra. Lideranças importantes como o senador Valter Pereira e deputados federais declararam apoio a Dilma o que pode deixar Puccinelli quase sozinho no palanque do tucano. Nelsinho, contudo, diz que o clima interno é amistoso. “Estabeleceu-se uma tolerância entre as lideranças”, disse.

Apesar de assegurar que participará da recepção a Temer, Nelsinho diz que pretende participar do momento institucional não do político. “Até para evitar constrangimentos para as outras lideranças. Eu sou Dilma e André”, disse dando a entender que não quer criar mal estar para os petistas.

Michel Temer vem a Capital em busca de ampliar o apoio político para Dilma e fazê-la superar o tucano no Estado.