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Sidrolandia

Trabalhadores na indústria de Bataguassu cruzam os braços

Redação de Noticia

15 de Abril de 2010 - 10:47

Trabalhadores da indústria de alimentos Refricom, em Bataguassu - 340 km da Capital - suspenderam as atividades da empresa (produção de pepinos e outros alimentos em conserva) a partir de hoje em protesto ao reajuste salarial oferecido pela empresa: piso de R$ 540,00 e aumento de 5,5% para quem ganha acima desse valor. Eles querem R$ 580,00 e 10%, respectivamente.


De acordo com informações de Raimundo Nonato do Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação, Panificação, Confeitaria, Laticínio, Frigorífico, Açougue e Matadouros de Bataguassu, são mais de 150 trabalhadores do período diurno, que estão paralisados. Se não houver acordo com a empresa, a turma do noturno, composta por mais de 100 trabalhadores, também deverá paralisar as atividades.


A Refricom é especializada na produção de alimentos em conserva, especialmente pepinos. O sindicato dos trabalhadores não tem estimativa dos prejuízos provocados pela paralisação das atividades.


O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins – FTIAA/MS, Vilson Gimenes Gregório está na cidade e agora pela manhã participa de reunião com a direção da empresa para tentar chegar a um acordo e fechar a Convenção Coletiva de Trabalho 2010 que só depende dessa questão salarial para ser concluída. Dirigentes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) também estão presentes na organização dos trabalhadores para pressionar a classe patronal. Lideranças do sindicato de trabalhadores nas indústrias de Nova Andradina também estão presentes no movimento em Bataguassu.


Vilson Gimenes disse que a manifestação está pacífica na empresa. Ele garantiu que os trabalhadores só voltam às atividades se a empresa concordar em avançar nas negociações salariais. “Não podemos aceitar apenas o índice de inflação (5,5%) como “aumento” salarial depois de 12 meses de trabalho sem qualquer reajuste”, comentou o sindicalista.


Raimundo Nonato lembrou que as indústrias, principalmente em Mato Grosso do Sul, não tem atravessado momento algum de dificuldade econômica. Ao contrário de outros países, onde as indústrias foram duramente castigadas por um crise quase global. “O trabalhador precisa ser valorizado. E o momento é esse, de repassar alguma compensação financeira pelo seu empenho no crescimento da economia da empresa, do município, Estado e País”, comentou.