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Policial

Pastor preso com arsenal em Sidrolândia diz que 'comprava armas porque gostava de ter'

Segundo o delegado Diego Dantas, o pastor disse que sempre gostou de armas e munições. Pastor foi preso nesta quarta.

Redação/Região News

04 de Abril de 2019 - 16:16

O pastor Luciano Linzmeyer de 43 anos preso nesta quarta-feira (3) após a polícia encontrar um arsenal na casa dele alegou que “comprava armas porque gostava de ter o material em casa".

Conforme a investigação, havia contra o suspeito um mandado de busca e apreensão por conta de arma sem registro. Os policiais encontraram em um quarto, no fundo da casa dele, 900 munições, um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 4.5 e um rifle calibre 22.

Além disso, foram encontrados capuz, carregador de pistola 9 milímetros, luneta de mira holográfica, um kit de limpeza para espingarda, um colete a prova de balas, um coldre para revólver, peruca, soco inglês. Entre as munições haviam cinco calibre .38, 1 calibre 12, 150 calibre 9 mm e 691 calibre 22 de três marcas diferentes.

Segundo o delegado Diego Dantas, o pastor disse que sempre gostou de armas e munições. O colete balístico encontrado na casa dele só pode ser usado com autorização do Exército Brasileiro. Além disto, o suspeito também informou que teria ganho grande quantidade dos produtos.

Ele ainda afirmou ser construtor civil autônomo e negou as ameaças pela qual é investigado. Sobre as armas explicou que são todas de uma “coleção de família”, que o revólver calibre 38 apreendido passou de geração para geração e que guarda os acessórios porque sempre gostou de “coisas táticas”, mas garantiu nunca ter usado nenhuma delas.

Sobre as munições 9 milímetros, que são de uso restrito, o pastor afirmou ter comprado por engano e ainda explicou que ganhou o colete a provas de bala de um amigo, que não iria identificar. Ele ainda se negou a falar se participava de caças.

Conforme Dantas, há 1 ano, o pastor teve uma desavença com um sócio. Na ocasião, ele teria usado uma arma de fogo para ameaçá-lo. A vítima então fez o boletim de ocorrência de ameaça. Paralelo à esta ocorrência, o Ministério Público (MP) iniciou uma investigação e intimou o pastor para que demonstrasse o documento de registro da arma e entrou com um mandado de busca e apreensão. O caso aconteceu em dezembro de 2017 e segundo a vítima durante uma discussão Luciano sacou uma arma e o perseguiu pelas ruas para matá-lo.

Diante do flagrante, o delegado Diego Dantas, indiciou Luciano por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e por receptação, isso por conta do colete encontrado na casa. Conforme a polícia, para comprar o equipamento é necessária uma autorização prévia do Exército e também restrição de importação, o que o pastor não possuía.

Com o forte indício de contrabando, Luciano acabou preso por receptação, já que foi afirmou ter ganhado de outra pessoa. O caso segue em investigação.