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Policial

Delegada descarta execução de assassino de cabeleireira

Briga com outro detento seria ouvida, explicou.

Correio do Estado

31 de Julho de 2019 - 16:30

A delegada Joilce Silveira Ramos, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, descartou na manhã desta quarta-feira (31) que Fábio Braga do Amaral, 39 anos, possa ter sido assasinado pelo homem com quem dividia cela na unidade.

Preso na última segunda-feira (29), acusado da execução da cabeleireira Érica Aguilar Pereira, 38, Amaral foi encontrado morto na cela onde estava, enforcado com o próprio casaco. Ele aguardava transferência para o Presídio de Segurança Máxima, no Jardim Noroeste, região leste da Capital.

"Não há sinais de luta ou qualquer resistência no corpo dele", resumiu a delegada, em coletiva de imprensa concedida nesta manhã.

Ainda de acordo com Joilce, a cela onde o acusado estav é próxima dos cartórios da unidade policial. "Qualquer briga, barulho ou grito seria ouvido pelos policiais", completou.

Amaral é autor de feminicídio ocorrido no dia 11 de junho, no residencial Ramez Tebet, em Campo Grande. Ele iria ser apresentado para a imprensa, mas a coletiva foi adiada.

Suspeito foi preso neste domingo (28), por uma equipe do Grupo de Operações e Investigação (GOI) da Polícia Civil, em Bodoquena.

Informações extra- oficiais dão conta que Amaral não estava em cela isolada. Ele estava junto com outro preso, que estaria bêbado que não viu a movimentação de Amaral.  Ele foi encontrado enforcado pela própria camiseta.

A perícia da Polícia Civil está no local juntamente com a funerária.

O advogado de Amaral, Amilton de Almeida, disse que ele estava com medo de ir para o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. "Ontem estive conversando com ele e me disse que não queria ir para a Máxima com medo de ser morto. Ele já foi preso por oito anos por crimes sexuais, furto, roubo. Ele estava muito tenso", explica.

O CASO

A cabeleireira Érica Aguilar Pereira foi morta por estrangulamento pelo namorado na manhã do dia 11 de junho, em um condomínio do Jardim Campo Nobre, região sul de Campo Grande, após perguntar a ele se havia abusado sexualmente de sua filha, de 14, contaram testemunhas.

O acusado, conhecido como 'Biscoito', de 39, já foi preso em flagrante pelo crime em 2008, além de ter passagem anterior pela polícia por tráfico de drogas. O casal estava separado há alguns meses e decidiu reatar há poucas semanas.