Policial
Mulheres acreditavam em recuperação, diz delegada após ouvir familiares
Os relatos colhidos serão confrontados com as outras provas a serem fornecidas pelo ABCG
Campo Grande News
24 de Julho de 2014 - 13:34
Familiares das três mulheres que morreram após sessões de quimioterapia na Santa Casa de Campo Grande prestaram depoimento na manhã de hoje (24), no 1° Distrito Policial.
Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo caso, todos os relatos têm um ponto em comum: as vítimas estavam esperançosas, já que até então, haviam sido informadas pelos médicos que as chances de recuperação eram grandes.
As mulheres achavam que nem o cabelo iria cair com a quimioterapia, pois haviam sido informadas que o estágio da doença não era tão grave assim e que medicação administrada não seria tão agressiva, disse a delegada.
Os relatos colhidos serão confrontados com as outras provas a serem fornecidas pelo ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade gestora da Santa Casa, entre elas os prontuários médicos. "Também vamos solicitar exames laboratorias sobre o medicamento", apontou.
O próximo passo das investigações será ouvir os membros do corpo técnico do hospital que participaram dos procedimentos no setor de oncologia. As oitivas com eles devem ser agendadas para a semana que vem, explicou.
Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72 anos, Maria Glória Guimarães, 61 anos, morreram nos dias 10,11 e 12 de julho, respectivamente. Elas possuíam câncer colorretal. A quarta vítima, Margarida Isabel de Oliveira, 70 anos, que apresentou reações adversas ao medicamento fluoracil (5-FU), usado na quimioterapia, conseguiu se recuperar e também deve ser ouvida. O depoimento dela será um dos principais, comentou Medina.