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Sidrolandia

Reinaldo nega ligações suspeitas no Paraguai e fala em acionar a Justiça

O senador paraguaio alega não haver dúvidas de conexões entre o ex-prefeito e clã político muito importante no Brasil

Midiamax

17 de Dezembro de 2014 - 10:51

O governador eleito de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), classificou de "mentirosas, levianas e absolutamente irresponsáveis" afirmações de que teria ligação com um ex-prefeito paraguaio, suspeito de ter mandado matar o jornalista Pablo Medina. O tucano nega ter ligação com citados na imprensa em relação ao caso.

A citação partiu do senador paraguaio Arnoldo Wiens, membro da comissão que investiga o assassinato do jornalista Pablo Medina e de sua assistente, Antônia Almada. Ele apontou Reinaldo com alguém que tem muita amizade com clã liderado pelo ex-prefeito de Ypejhú , Vilmar "Neneco" Acosta Marques, fugitivo da Justiça.

Chegou a ser divulgado que Reinaldo seria investigado no caso. "Quando se coloca o dedo na ferida, apontando os erros do atual sistema e interferindo diretamente nos interesses de quem não quer ver funcionar a segurança pública para a maioria da população, a reação é imediata", diz o governador eleito em nota, complementando: "são informações mentirosas, levianas e absolutamente irresponsáveis", prometendo acionar a Justiça, brasileira e paraguaia, por danos contra sua imagem pública.

O senador paraguaio alega não haver dúvidas de conexões entre o ex-prefeito e clã político muito importante no Brasil. As declarações são baseadas na grande quantidade de informações obtidas durante invasão à casa de Neneco, dias após o crime.

Segundo o senador, Azambuja teria muita amizade com o clã do suspeito. “Um governador eleito pela lista 45, de Mato Grosso do Sul, tinha muita amizade e relacionamento com o clã de ‘Neneco’ Acosta. Isso, pelo menos, teria que ter alguma reação na classe política", disse Wiens.

O senador disse ainda que a Interpol está investigando o caso e analisou ser muito importante que a classe política brasileira também investigue. “E eu acho que seria muito interessante também para ver qual a reação da classe política brasileira, no sentido de que eles também querem que investiguem sua classe política , como estamos fazendo no Paraguai. Porque estamos diante de uma situação em que a sociedade , cidadãos , a mídia vai dizer: não quero um estado governado por traficantes de drogas”, justificou. O senador disse que já tem reunião marcada com o procurador-geral do Brasil.

Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Márcio Monteiro (PSDB), anunciado como secretário de Fazenda na gestão tucana, disse que o governador eleito sequer conhece o ex-prefeito paraguaio. "Mandar investigar políticos no Brasil pode ser pressão do governo do Paraguai para solucionar o crime", analisou o parlamentar brasileiro.

Ainda conforme Monteiro, a informação sobre suposta ligação de Reinaldo com o grupo paraguaio teria partido de um motorista. "É coisa de campanha, período de muita exposição", finalizou.

Confira, na íntegra, a nota divulgada por Reinaldo Azambuja:

NOTA À IMPRENSA

O governador eleito do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, reagiu com indignação à notícia veiculada na imprensa relacionando seu nome ao prefeito de Ypejhú (Paraguai), Vilmar Acosta: “são informações mentirosas, levianas e absolutamente irresponsáveis”.

O governador informou que não mantem qualquer  vínculo com os citados nas referidas matérias e não foi procurado pela imprensa para falar sobre o assunto antes da publicação.

Reinaldo informou sua disposição de adotar todas as medidas judiciais cabíveis, no Brasil e no Paraguai, por danos contra sua imagem pública e hoje mesmo determinou a entrada de advogados no caso. 

Reinaldo Azambuja acredita que seu compromisso em rever e reforçar a política de Segurança Pública na fronteira de Mato Grosso do Sul - prioridade de seu futuro governo - pode estar por trás da manipulação de informações e tentativa de atingir sua honra e sua credibilidade. Repetidas vezes, desde a campanha eleitoral e ainda como deputado federal, ele sempre cobrou medidas efetivas para combater o tráfico de drogas e de armas nas fronteiras abertas. 

"Quando se coloca o dedo na ferida, apontando os erros do atual sistema e interferindo diretamente nos interesses de quem não quer ver funcionar a Segurança Pública para a maioria da população, a reação é imediata", concluiu.