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Sidrolandia

Projeto da Prefeitura que cria 23 novas vagas enfrenta críticas dos taxistas

Com as mudanças, Prefeitura vai emitir mais 23 permissões para exploração do serviço, a cidade que hoje tem 26 taxistas, passará a contar com 49.

Flávio Paes/Região News

29 de Março de 2015 - 23:06

Já está em tramitação na Câmara Municipal o projeto de lei 003 que cria sete novos pontos de taxi em Sidrolândia, cinco na área urbana e dois na zona rural, remaneja a localização de dois e amplia o número de táxi em dois pontos. A proposta provoca reações entre os atuais motoristas, que reclamam do movimento, da concorrência das lotações, dos mototaxistas e asseguram: a cidade com pouco menos de 40 mil habitantes na zona urbana, não comporta uma frota tão grande.

Com as mudanças, Prefeitura vai emitir mais 23 permissões para exploração do serviço, a cidade que hoje tem 26 taxistas, passará a contar com 49, incluindo três no Capão Seco e a mesma quantidade no Assentamento Capão Bonito I. “A maioria não consegue renda nem para pagar a prestação do carro”, alerta Josafá Mota de Oliveira, com a experiência de 10 anos de praça, quatro anos na rodoviária e 6 na praça central.

Ele conta que o movimento hoje é restrito praticamente a primeira semana do mês, quando sai o pagamento da prefeitura, dos aposentados e pensionistas. “Depois é um paradeiro só”. Sua maior queixa é contra as lotações, especialmente na zona rural e aldeias, cujas populações, antigamente, eram os maiores clientes dos taxistas.

http://i.imgur.com/pLupRKG.jpgEle contabiliza 10 lotações no Assentamento Geraldo Garcia; 8 Barra Nova e 5 no Capão Seco. Há dezenas nas aldeias, com os índios usando veículos sem documentação. Outra queixa é o pagamento da taxa anual de R$ 400,00 para renovação do alvará. Quem também é contra a ampliação da frota é o taxista Edilson de Matos, que trabalha no ponto da rodoviária.

Além do baixo movimento, do preço da gasolina (que elevou de R$ 10,00 para R$ 12,00, o preço inicial das corridas), ele reclama da proposta da Prefeitura que pretende remover o ponto na lateral da rodoviária (na Rua João Marcio Ferreira Terra) para frente do terminal na Avenida Dorvalino dos Santos.

No local atual será instalado um ponto do transporte coletivo, o que a seu ver vai tirar passageiros do táxi. Nem a promessa da Prefeitura de remover árvores (os fícus) existentes lá por toldos onde os motoristas poderão se abrigar do sol e da chuva, parece animá-lo.  

Os pontos

A proposta da prefeitura prevê a criação de cinco pontos de táxi na área urbana: na Avenida Dorvalino dos Santos, com três vagas, em frente do Posto Pé de Cedro; na Rua Distrito Federal, em frente do Hospital Elmiria Silvério Barbosa (três vagas); na Rua Mato Grosso em frente da caixa d’água ou em frente da Agência do INSS, na Rua Minas Gerais (3 vagas) e na Rua Ponta Porã, com três vagas, para atender a futura Unidade de Pronto Atendimento(UPA).

Está previsto ainda o remanejamento de dois pontos: um deles é o ponto três que hoje está na Rua Evaristo Roberto Ferreira (perto do Conjunto Cohab), com dois carros, terá três táxi, com a transferência para a Rua Santa Catarina, em frente  da Escola Municipal Pedro Aleixo e da Unidade Central de Saúde.      

Também será removido o ponto 4, que hoje está na Rua Cuiabá (Vila Sapé), em frente do Bar Pedra 90, para Rua Ponta Porã, entre a Rua Mato Grosso e Martins Fradik, aumentando de dois para três a frota de veículos.