Wilson Aquino
08 de Agosto de 2019 - 10:47
Assim como a bondade e a caridade, o amor precisa de cuidados especiais e adubação para ser fortalecido. Do contrário, torna-se distante e frio. Logo, intolerável, morre.
Numa cidade como Campo Grande, que há muito detêm o triste recorde de divórcios e separações, existe campo infértil para o cultivo do amor, devido à incompetência do homem e da mulher em manter viva a chama que os sustentariam no enfrentamento de todos os percalços e tempestades da vida.
Não entendem que o amor é vivo, belo e dinâmico e que necessita de adubação. Cuidados constantes e permanentes não só para se manter como para fazer crescer, desenvolver, amadurecer a árvore da vida.
Todo indivíduo que descobre isso, colhe fruto saboroso, que lhe dá grandeza, prazer e alegria para uma vida muito melhor e muito mais fácil para trilhar o caminho.
O amor é incondicional, carinhoso, amoroso, paciencioso e compreensivo. Não é egoísta e nunca, absolutamente nunca, maldoso.
O casal quando descobre o amor vive em euforia. Numa alegria tão grande, que invade o peito, levando ambos às nuvens, despertando o desejo de nunca mais se separar da presença um do outro. Sentem-se capazes de enfrentar tudo e a todos só para poderem ficar juntos.
Entretanto, o que leva um casal assim à separação um tempo depois? Onde falham? A resposta certamente está em diversos fatores, entretanto, é certo afirmar que um deles, ou ambos, foram incompetentes em segurar o relacionamento que deveria ser sua maior prioridade e não o foi.
Um amigo, que até há bem pouco tempo era um exemplo de marido dedicado e apaixonado contou que havia se separado e que sofria muito com isso, pois nem ele mesmo sabia o por que? do divórcio. Disse que sabia apenas como tudo começou: Adentrou a um inconformismo com as "gordurinhas" que ela ganhara com o nascimento do primeiro filho. Lembra que ela passou a ataca-lo em seus defeitos físicos e sociais, numa vã tentativa de não perder a briga.
O relacionamento desmoronado tornou-se insuportável. Não aguentaram as constantes brigas e ofensas. Resolveram se separar.
Ao mesmo tempo em que relatava esses fatos, o amigo dizia que não queria absolutamente nada daquilo, as brigas e muito menos a separação. No final, fi-lo admitir que seu real e profundo desejo era o de se reconciliar, mas não sabia como fazê-lo. Presumia que ela sentia o mesmo.
Eis aí um exemplo típico de um casal que não soube adubar diariamente o amor para que ele pudesse criar raízes profundas e perdurar.
De alguns conselhos que recebeu, que servem não apenas para a redução dos elevados índices de divórcios e separações na sociedade, mas para que as famílias, o casal especialmente, tenha maior e melhor qualidade de vida, podemos elencar:
- A presença de Deus no lar e na vida do casal é de vital importância para que se tenha prazer, segurança e alegria no dia a dia e, no final, a salvação;
- Faça de seu casamento uma prioridade. Lute por ele. Renuncie a vontades próprias principalmente aquelas alicerçadas no orgulho, na vaidade, no machismo e egoísmo;
- Nunca brigue ou fique "emburrado" por achar que tem razão. Seja compreensivo e humilde e procure ser feliz em vez de achar que está sempre certo;
- Tenha o hábito de dialogar com o cônjuge e desperte a capacidade de ouvir, entender e ajudar no seu crescimento;
- Comunique-se sempre de maneira afetuosa e nunca se canse de dizer que a ama. Procure enaltecer suas qualidades. Sempre.
A vida a dois exige muita paciência e perseverança pois ela não é fácil. Entretanto, nos enche de esperança saber que todo esforço tem sua compensação e que dessa forma, adubando e fortalecendo o amor, alcançamos um estado de serenidade e segurança para o desfrute da grande, verdadeira e duradoura felicidade que todos buscamos.
*Jornalista e Professor