Economia
58% da classe média utiliza o cartão de crédito para efetuar pagamentos
Para o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro, a classe média é uma oportunidade para as empresas que pretendem suprir as necessidades deste público
InfoMoney
13 de Novembro de 2012 - 08:15
Mais da metade da classe média (58%) utiliza o cartão de crédito para parcelar as compras em até nove vezes, indica pesquisa realizada pela Serasa Experian e divulgada nesta segunda-feira (12). Em seguida aparecem o crediário, com 23% e o cheque com 18%.
O levantamento ainda mostra que dos 104 milhões de pessoas que representam a classe média, 31% são jovens moradores de periferias e 30% estão são trabalhadores de baixa qualificação. Já 29% são jovens trabalhadores de baixa renda, com a maioria formada por mulheres. Quanto aos jovens inseridos na informalidade, aparecem 20% da população, sendo que se destacam as mulheres chefes de família com menos de 25 anos. Por fim, 13% são pertencentes a famílias assistidas da periferia, residentes, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste, sem relações com atividades financeiras.
Para o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro, a classe média é uma oportunidade para as empresas que pretendem suprir as necessidades deste público. Cada um dos grupos tem necessidades, interesses e perfis muito distintos. É importante ainda que as empresas busquem avaliar a capacidade de consumo das pessoas a quem irão direcionar suas ações de vendas, afirma Loureiro.
Não só positivo para a economia, o perfil da Classe C é um aliado para instituições públicas e órgãos governamentais que passarão a ter uma ferramenta que avalie a necessidade de cada região e população, lembra o presidente.
Ascensão social e envelhecimento
Outro perfil identificado na pesquisa é a de aspirantes sociais. Cerca de 30% são profissionais em ascensão, que buscam mobilidade e status social por meio do trabalho e estudo. Já 40% são jovens adultos indisciplinados, com alto consumo e renda modesta.
Quando ao envelhecimento populacional, os dados mostram que 18% da classe média estão envelhecendo na periferia, sendo que 45% são operários aposentados e 30% não possuem renda, nem aposentadoria formal. Outros 25% são casais maduros de baixa renda.