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Economia

Consultor descarta possibilidade de faltar combustíveis no final do ano em MS

Este ano, o consumo de combustíveis ultrapassará a marca de 30 bilhões de litros, um recorde do setor. Atualmente, o país importa mais de dois bilhões de litros para atender a demanda interna.

Midiamax

06 de Novembro de 2012 - 15:51

O Sinpetro/MS (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis) avalia que está praticamente descartada a possibilidade de faltar combustível no final deste ano no Mato Grosso do Sul, devido ao plano de emergência traçado pelo governo federal para evitar o desabastecimento ou atenuá-lo em algumas regiões do País. O plano envolve a ampliação da capacidade de transporte e de armazenamento.

De acordo com o consultor da entidade – Edson Iazaroto, o Ministério de Minas e Energia reforçou a distribuição para regiões que já foram afetadas pelo problema e não trabalha com a possibilidade de escassez do produto.

“Mesmo com o consumo recorde a frota para o transporte do produto já foi ampliada para que esse problema não volte a acontecer.”, destaca o consultor.

Este ano, o consumo de combustíveis ultrapassará a marca de 30 bilhões de litros, um recorde do setor. Atualmente, o país importa mais de dois bilhões de litros para atender a demanda interna.

Nas últimas semanas, a presidente da Petrobrás - Maria das Graças Silva Foster, sinalizou com a possibilidade de aumento no preço dos combustíveis até o final de dezembro.

A presidente ressaltou que quando ocorre uma defasagem se cria uma expectativa de reajuste de preço, a fim de colocar os valores praticados em equilíbrio com a cotação nacional. O último reajuste aconteceu em julho.

Para Edson, caso o aumento ocorra, não será pela possibilidade de falta do produto. “A remota possibilidade de faltar combustíveis não justificaria um aumento nos preços. O empresário não pode se aproveitar de uma situação emergencial para aumentar o preço dos combustíveis.”, avalia.

Estudo

Caso o país volte a passar pelo problema de falta de combustíveis, as regiões mais atingidas podem ser a Norte, Nordeste, Centro-Oeste, além de Minas e Rio Grande do Sul, devido ao consumo recorde de gasolina, à falta de capacidade interna de produção e a problemas de infraestrutura de armazenagem e distribuição.

Um estudo feito pelo Grupo de Economia de Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro aponta que em cinco anos o país terá de importar quase 20% da gasolina que consome. O estudo trata ainda que em 2017, o volume de gasolina trazido do exterior praticamente dobrará em relação a 2012, chegando a sete bilhões de litros.