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Economia

Dólar cai quase 1% e fica abaixo de R$ 3,30 em dia de medidas econômicas

Moeda dos EUA perdeu 0,98% frente ao real, a R$ 3,2993.

G1

22 de Dezembro de 2016 - 17:00

O dólar recuou nesta quinta-feira (22), pelo quarto dia seguido, repercutindo o crescimento do PIB dos EUA e o anúncio de medidas microeconômicas pelo presidente Michel Temer que envolvem saque de contas inativas do FGTS e juros menores do cartão de crédito. O dólar fechou abaixo de R$ 3,30 pela primeira vez em um mês e meio.

A moeda norte-americana caiu 0,98%, a R$ 3,2993 na venda. Veja a cotação. Na máxima da sessão, o dólar marcou R$ 3,3486, segundo a Reuters.

Na semana, o dólar acumula queda de 2,69% frente ao real e, no mês de dezembro, 2,59%. No acumulado do ano, a moeda tem desvalorização de 16,4%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h15, alta de 0,21%, a R$ 3,3390
Às 10h19, queda de 0,07%, a R$ 3,3294
Às 11h09, queda de 0,04%, a R$ 3,3306
Às 11h29, queda de 0,22%, a R$ 3,3245
Às 12h29, queda de 0,09%, a R$ 3,329
Às 13h49, queda de 0,3%, a R$ 3,322
Às 15h29, queda de 0,52%, a R$ 3,3145

Medidas econômicas

O governo anunciou uma proposta de reforma da legislação trabalhista que estabelece pontos que poderão ser negociados entre patrões e empregados e, em caso de acordo, passarão a ter força de lei. O presidente Michel Temer também anunciou nesta que o governo vai liberar o saque de contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) inativas até dezembro de 2015.

Cenário externo

"O PIB dos EUA foi melhor do que a prévia anterior, mas os pedidos de seguro-desemprego foram piores. Um anulou o outro", resumiu um operador de câmbio de uma corretora local à Reuters. A economia norte-americana avançou à taxa anualizada de 3,5% no terceiro trimestre, acima da previsão de alta de 3,3% dos economistas ouvidos pela Reuters.

Mas o número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 21 mil, para 275 mil na semana encerrada no dia 17, maior nível desde junho e acima da previsão de pesquisa Reuters de que ficariam em 256 mil.

Uma economia mais forte pode obrigar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar mais rapidamente os juros no país, o que retiraria recursos de países emergentes como o Brasil. O Fed sinalizou que deve fazer três elevações de juros em 2017.

"O mercado já fez o que tinha que fazer e está sem posição nesse final de ano. Administrando os dias que faltam", resumiu um operador da mesa de câmbio de uma corretora nacional. "O vaivém é absolutamente normal", emendou.

O Banco Central não anunciou intervenções no mercado de câmbio nesta sessão, pelo menos por enquanto. Ele atuou a última vez em 13 de dezembro.

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,34%, vendida a R$ 3,3320.