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Economia

Dólar sobe mais de 3% e encosta em R$ 3,90, com preocupações políticas

Moeda tem maior alta diária em mais de 4 anos e fecha a R$ 3,8935. Na sexta-feira, dólar tinha encerrado o pregão cotado a R$ 3,7588.

G1

13 de Outubro de 2015 - 16:29

O dólar fechou em alta de mais de 3% nesta terça-feira (13), voltando a encostar em R$ 3,90, fechando a sessão com a maior alta diária em mais de quatro anos, refletindo as fortes incertezas em torno da eventual abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef e o ambiente de aversão a risco nos mercados externos.

A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 3,58%, cotada a R$ 3,8935 para venda, após ter encerrado a R$ 3,7588 na sexta-feira passada. Veja a cotação do dólar hoje.

Trata-se do maior avanço diário desde 21 de setembro de 2011, quando subiu 3,75% Na máxima da sessão, foi a R$ 3,8962. No mês, o dólar ainda acumula queda de 1,82%. No ano, a valorização é de 46,44%. Na semana passada, o dólar tinha acumulado queda de 4,74%, maior baixa semanal desde o fim de 2011.

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, subia 1,17%, a R$ 3,8031
Às 9h49, subia 1,21%, a R$ 3,8046
Às 10h09, subia 1,76%, a R$ 3,8251
Às 10h29, subia 2,24%, a R$ 3,8433
Às 11h18, subia 1,95%, a R$ 3,8322
Às 11h48, subia 1,86%, a R$ 3,8286
Às 12h48, subia 1,89%, a R$ 3,8298
Às 13h18m subia 1,92%, a R$ 3,8298
Às 14h10, subia 2,42%, a R$ 3,8496
Às 15h05, subia 2,27%, a R$ 3,8442
Às 15h40, subia 2,79%, a R$ 3,8635
Às 16h, subia 2,93%, a R$ 3,8691
Às 16h25, subia 3,23%, a R$ 3,8801

"A semana passada foi bastante positiva nos mercados externos, mas o humor virou hoje com os dados da China", disse à Reuters o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato, acrescentando que "a questão do impeachment vai ser o grande tema desta semana".

Uma queda mais forte nas importações da China, importante referência para investidores em mercados emergentes, em setembro deixou economistas divididos sobre a performance do setor comercial do país, apesar de as exportações terem caído menos que o esperado. Com isso, o dólar subia contra moedas como os pesos chileno e mexicano.

No Brasil

O cenário político conturbado no Brasil também pressionava o câmbio. A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu uma nova decisão liminar (provisória) nesta terça para suspender o rito definido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar andamento aos pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pendentes de análise no Legislativo.

Mais cedo, Weber e Teori Zavascki já haviam concedido outras duas liminares, a pedido de parlamentares governistas, que impediam o andamento dos processos com base no rito definido por Cunha no final de setembro.

Bovespa

O cenário político conturbado e preocupações sobre a economia da China também refletiram na bolsa, que teve sua maior queda diária desde dezembro de 2014. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caiu 4%, a 47.362 pontos. Veja cotação.