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Economia

Dólar sobe nesta quarta-feira com aversão ao risco

Considerando os patamares de fechamento, o dólar não chegava a essa cotação desde o dia 15 de maio de 2009, quando fechou a R$ 2,109 na venda.

Globo.com

21 de Novembro de 2012 - 16:00

O dólar comercial opera em alta nesta quarta-feira (21), aproximando-se do que o mercado considera um "teto informal" de R$ 2,10, o que pode levar o Banco Central a intervir para evitar uma valorização excessiva da moeda.

Perto das 11h35 (horário de Brasília), a moeda norte-americana avançava 0,43%, cotada a R$ 2,0900 para a venda. Considerando os patamares de fechamento, o dólar não chegava a essa cotação desde o dia 15 de maio de 2009, quando fechou a R$ 2,109 na venda.

A alta do dólar para perto de R$ 2,10 serve de gatilho para especulações sobre eventuais intervenções do Banco Central para conter a alta da moeda americana, que em apenas duas semanas saiu de R$ 2,03 - nível em torno do qual vinha oscilando desde julho - para acima de R$ 2,09.

Alguns investidores apostam que o Banco Central entrará com swaps cambiais tradicionais - contratos que equivalem a uma venda futura de dólares - caso a taxa encoste em R$ 2,10. Outro grupo, cada vez maior, acredita que a autoridade monetária deve se manter ausente do mercado mesmo se o dólar superar esse teto, o que confirmaria avaliações de que a banda cambial informal - desde julho entre R$ 2,00 e R$ 2,10 - teria mudado de patamar.

Preocupações sobre a Grécia levam a uma busca por dólares também no exterior, e o dólar sobe ante uma cesta de moedas, enquanto o euro recua em relação à moeda dos Estados Unidos.

Do lado doméstico, os agentes repercutem ainda novas sinalizações de que o governo segue favorável a um câmbio depreciado para incentivar a indústria. Em entrevista ao "Valor", a presidente Dilma Rousseff disse que o governo está "em busca de um câmbio que não seja esse de um dólar desvalorizado e o real supervalorizado".

A presidente voltou a criticar os programas de estímulo monetário adotados pelos Estados Unidos (quantitative easing), atribuindo a eles o real valorizado, e defendeu o papel da indústria dentro da atividade econômica.

Com os mercados de bolsa, juros e de futuros fechados no país na terça-feira, o dólar fechou praticamente estável ante o real, após um dia praticamente sem oscilações.

Na véspera, a moeda norte-americana teve ligeira queda de 0,03%, a R$ 2,0810 na venda. No mês de novembro, até o momento, o dólar tem valorização acumulada de 2,5% e no ano, de 11,37%.